segunda-feira, 30 de abril de 2012

Fórum internacional elege BRT como solução para cidades­­­


Evento reuniu especialistas no setor de transportes, trânsito, urbanismo e autoridades governamentais
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O modal BRT – Bus Rapid Transit – foi apontado como o melhor exemplo para reduzir os congestionamentos nas grandes cidades e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. A conclusão marcou o primeiro dia da edição brasileira do City Infrastructure Fórum, realizado no Hotel Renaissance, em São Paulo, entre 24 e 25 de abril. O objetivo do evento foi promover o diálogo entre as cidades, governos locais e nacionais, associações municipais, agências da ONU, agências multilaterais e o setor privado, para oferecer soluções de excelente custo-benefício que possam ser adotadas para os problemas de urbanização.
De acordo com o ITDP, Institute for Transportation and Development Policy, cuja representante, Helena Orenstein, mediou o painel “Congestionamento e controle de trânsito”, existem oito princípios de mobilidade sustentável para criar cidades mais sustentáveis, com menos emissões e com melhor qualidade de vida: andar a pé; usar a bicicleta; conectar as vias; transportar através de transporte coletivo; misturar moradia, cómércio, lazer e serviço; estabelecer correspondência entre a capacidade urbana e a capacidade do sistema de transporte; compactar as regiões; e promover mudanças. Como exemplo, foi citado o BRT implantado em Curitiba, pioneiro e modelo para a ONU e para cidades em todo o mundo.
No painel seguinte, “Como reduzir emissões e manter as pessoas em movimento”, Adalberto Maluf, diretor de cidades da C40 em São Paulo – rede das maiores cidades do mundo -, citou Michael Bloomberg, o prefeito de Nova Iorque, com a frase “you can only manage what you can measure” (“só é possível administrar o que se pode mensurar” na tradução livre para o português). Maluf salientou que “construir vias para desafogar o trânsito é como comprar calças mais largas para enfrentar a obesidade”. Para o especialista em transportes, a solução está no BRT corretamente implementado e funcionando com veículos elétricos – trólebus.
Para Daniela Facchini, da Embarq Brasil, a solução também reside no modal, seja com propulsão elétrica ou híbrida. Adalberto Maluf ainda acrescentou que o BRT é a melhor solução com relação a custo-benefício, acessibilidade, e não necessita de grandes subsídios.
Após os painéis, Ieda Maria A. Oliveira, a gerente comercial da Eletra, empresa brasileira fabricante de trólebus e ônibus híbridos, explicou a tecnologia utilizada nesses veículos. Ieda ressaltou que corredores de ônibus no formato BRT, operando com energia limpa, são o “melhor jeito para transportar o maior número de pessoas, ocupando o menor espaço urbano com qualidade e sem poluir”. A empresa possui 38 veículos híbridos em operação no país.
Gustavo Angimahtz, da Assessoria de Imprensa Ex Libiris.


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Fórum Internacional de Transportes, realizado em São Paulo, reuniu especialistas e autoridades governamentais. Entre os estudiosos, com base em realidades nacionais e de outros países, o sistema de BRT – Bus Rapid Transit, corredores de ônibus exclusivos e modernos, foi unanimidade como solução ideal para os desafios da mobilidade urbana e preservação ao meio ambiente. O sistema de corredores de Curitiba, usado como referência mundial, usada pela ONU, foi mais uma vez exemplo. Ao privilegiar os transportes coletivos no espaço urbano, o BRT já traz ganhos ambientais porque incentiva a diminuição dos veículos de passeio das ruas e dinamiza os serviços de ônibus, com menos ônibus fazendo mais viagens e operando com melhor desempenho. Quando no BRT são usados veículos de tecnologia não poluente, como ônibus híbridos e trólebus, os ganhos ambientais e em conforto podem ser maiores ainda.

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