O que os pré-candidatos de SÃO PAULO pensam sobre os transportes

Propostas vão desde ideias concretas como auxiliar na construção de metrô e ampliar e modernizar os corredores de ônibus até soluções não muito comuns, como estatizar as empresas de ônibus e o aerotrem Promessa de político caiu no descrédito há muito tempo. Ainda mais quando se fala em transportes públicos, principalmente na cidade de São Paulo, a que possui a maior frota de ônibus municipais do País: 15 mil veículos. Os moradores de São Paulo que já assistiram à novela do Fura Fila, do Martão, dos ônibus de dois andares, dos 66 quilômetros de corredores e aguarda os capítulos finais de “O Monotrilho” devem ficar atentos quando os candidatos, ou ainda pré-candidatos, falam sobre o tema. Uma para cobrar dos “prefeituráveis” depois das eleições e antes mesmo para analisar o bom senso das propostas que, sobre a área de transportes, são as mais variadas possíveis. Há iniciativas como investimentos e modernização em corredores de ônibus, outras como auxílio na construção do metrô (lembrando que o metrô não é de responsabilidade da prefeitura, como é constituído, mas o poder público municipal pode ajudar) e algumas outras não muito comuns ao cotidiano de São Paulo, como o aerotrem e a estatização das empresas de ônibus. O jornal Agora São Paulo entrevistou 14 postulantes ao paço municipal. Educação, saúde e transportes foram os temas mais citados. O que significa que são áreas com maior carência, às quais a população é mais sensível, e que significam ótimas oportunidades de promessas e votos (e também de realizações). Dos 14 entrevistados, oito mostraram ideias para os transportes entre as três primeiras prioridades, as mais variadas possíveis: - José Serra (PSDB): Continuar investindo no metrô e fazer 40 quilômetros de corredores de ônibus, além de melhorar os terminais. - Fernando Haddad (PT): Investir no transporte público de qualidade para torná-lo mais ágil e eficiente, tirar carros das ruas e melhorar o trânsito. - Soninha Francine (PPS): Melhorar o sistema de ônibus com utilização inteligente dos corredores, pontos mais confortáveis e informações mais fáceis de obter. - Celso Russomano (PRB): Investir no transporte coletivo de qualidade, com ônibus com ar condicionado e suspensão a ar. - Miguel Manso (PPL): Construir pontes e vias estruturantes ligando as regiões da cidade e fazer com que todos os tipos de bilhete único tenham integração de três horas. - Rodrigo Garcia (DEM): Investir em infraestrutura e aumentar a oferta de meios de transportes de massa e corredores de ônibus. - Ana Luiza Figueiredo (PSTU): investir no metrô para duplicar a rede metroferroviária em cinco anos e estatizar as empresas de ônibus. - Levy Fidelix (PRTB): Cosntruir aerotrens e monotrens que ligarão o centro aos bairros da periferia, canalizar os rios Tietê e Pinheiros e fazer uma via livre (freeway) de 25 quilômetros. Os pré-candidatos que não citaram transportes entre as três principais prioridades foram: Netinho de Paula (PCdoB), Paulo Pereira da Silva (PDT), Gabriel Chalita (PMDB), Luiz Flávio D’Urso (PTB), Anaí Caproni (PCO) e Carlos Giannazi (PSOL). Até as eleições de outubro, muita coisa pode acontecer. Alianças, fatos que mudem os discursos, mas o levantamento do jornal é válido para um primeiro contato do eleitor em relação a área de transportes, com respostas sem o intenso preparo dos maketeiros da época oficial de campanha. Mas nunca é demais lembrar que transportes rendem bons discursos e promessas, mas as obras em relação ao setor são caras, e nem sempre tais promessas são possíveis de serem colocadas em prática. Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes. FOTO:Ônibus na Capital Paulista. Transportes fazem parte das principais promessas da maioria dos pré-candidatos ao comando da cidade que possui a maior frota de ônibus do País: cerca de 15 mil veículos do serviço municipal. O paulistano já está desconfiado de promessas muito grandes neste setor, que pela carência na cidade, chama a atenção e é uma boa oportunidade de angariar votos. Propostas vão desde modernização de corredores de ônibus e auxílio na expansão do metrô até aerotrens e estatização de empresas de transportes. Foto: Adamo Bazani.