Evento reuniu especialistas no setor de transportes, trânsito, urbanismo e autoridades governamentais
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segunda-feira, 30 de abril de 2012
Fórum internacional elege BRT como solução para cidades
AUSTRÁLIA • Empresário vende empresa de ônibus e dá US$ 5 mil para cada funcionário
Notícias Portal InterBuss
O proprietário de uma empresa de ônibus da Austrália deu a cada um de seus empregados cerca de US$ 5 mil (mais de R$ 8 mil) depois de ter vendido a firma.
Segundo a imprensa australiana, Ken Grenda, de 66 anos, disse que queria recompensar a lealdade dos seus 1.800 funcionários, muitos que já estavam há anos na sua empresa, a Grenda Transit Management.
‘Nós temos funcionários que estão aqui há 40 anos, então isso é algo bacana de se fazer’, disse o filho de Grenda, Scott, à rede de televisão australiana ABC News.
Ken Grenda afirmou que a qualidade de qualquer empresa é um reflexo dos seus empregados, e que os seus eram fantásticos.
‘Nós temos pessoas aqui que são da segunda geração [de famílias empregadas], e um sujeito que está no mesmo emprego há 52 anos.’
A imprensa australiana apelidou-o de o ‘melhor’ e ‘mais generoso’ chefe na Austrália. De acordo com os jornais, alguns empregados ficaram surpresos e chegaram a telefonar para seus bancos, para saber se havia algum erro nas suas contas correntes.
De acordo com o jornal ‘Herald Sun’, todos os funcionários vão manter seus empregos sob a nova direção.
Ele depositou o dinheiro nas contas dos empregados depois de a empresa ter sido vendida por US$ 400 milhões. No total, ele desembolsou mais de US$ 16 milhões com bônus a seus funcionários.
• do G1
Segundo a imprensa australiana, Ken Grenda, de 66 anos, disse que queria recompensar a lealdade dos seus 1.800 funcionários, muitos que já estavam há anos na sua empresa, a Grenda Transit Management.
‘Nós temos funcionários que estão aqui há 40 anos, então isso é algo bacana de se fazer’, disse o filho de Grenda, Scott, à rede de televisão australiana ABC News.
Ken Grenda afirmou que a qualidade de qualquer empresa é um reflexo dos seus empregados, e que os seus eram fantásticos.
‘Nós temos pessoas aqui que são da segunda geração [de famílias empregadas], e um sujeito que está no mesmo emprego há 52 anos.’
A imprensa australiana apelidou-o de o ‘melhor’ e ‘mais generoso’ chefe na Austrália. De acordo com os jornais, alguns empregados ficaram surpresos e chegaram a telefonar para seus bancos, para saber se havia algum erro nas suas contas correntes.
De acordo com o jornal ‘Herald Sun’, todos os funcionários vão manter seus empregos sob a nova direção.
Ele depositou o dinheiro nas contas dos empregados depois de a empresa ter sido vendida por US$ 400 milhões. No total, ele desembolsou mais de US$ 16 milhões com bônus a seus funcionários.
• do G1
O MELHOR SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO
Melbourne é a cidade
Australiana com o melhor sistema de
transporte público. Em Melbourne, trams, trens, e ônibus são integrados, e com
um passe que pode ser comprado tanto por dia, semana, ou mês, que além de
proporcionarem um bom desconto, a pessoa circula praticamente até os limites da
cidade com um mesmo bilhete. Sydney também tem o mesmo esquema, que funciona com
tickets individuais ou passes. Sydney integra trem, ônibus, metrô e ferry boat,
e tal como Melbourne, chega-se aos confins da cidade. Perth é a terceira cidade
mais bem servida por transportes públicos, integrando trem e ônibus e com preços
mais baratos.
As demais
cidades, como Adelaide, Brisbane, Gold Coast
e outras de médio porte, já apresentam deficiências em servir certos bairros.
Muitas vezes tem-se que andar a pé boas distâncias até que se encontre uma rota
de ônibus. Na maioria dessas cidades passes são oferecidos, e dão grande
economia. Estudantes podem comprar passes pela metade do preço apresentando a
carteira. De qualquer forma, com passe ou não, o transporte público pesa muito
no bolso. Por exemplo: Em Sydney uma passagem para somente 2 trechos custa A$
1,70 adulto e A$ 0,80 para estudantes. Agora, se a pessoa comprar o passe de 7
dias (green travel pass) terá direito à viagens ilimitadas de ônibus, trem e
ferry, durante esse período. Isso custa A$ 40 adulto, ou A$ 20 estudante. Carro
é a opção número um da maioria, e por causa disso, cidades como Sydney e
Melbourne podem ter seus dias de trânsito caótico com engarrafamentos
quilométricos. Todos os transportes públicos são divididos em "rotas" e existe
uma tabela de horário para saída e chegada naquele determinado ponto, e que na
maioria das vezes é cumprida.
Uma
bicicleta é uma ótima opção para que tem que
percorrer curtas distâncias. Em primeiro lugar não custam caro, sendo que uma
nova boa custa algo em torno de A$ 200, e uma usada metade do preço. Para quem
vem estudar por exemplo, é um grande quebra galho da casa ao curso, ou para
simplesmente circular pela cidade. Grande parte das cidades são planas o que
também ajuda. Na Austrália bicicleta é considerada veículo, com o uso do
capacete obrigatório. Bike-lanes ou trilhas exclusivas para bicicletas existem
em todas as cidades, mas pode-se andar nas ruas e estradas (note porém que em
certas vias expressas como as motorways, bicicletas são proibidas). Pode-se
andar nas calçadas, desde que se dê prioridade ao pedestre (confirme com o
departamento de transportes se a lei do seu estado permite). A bicicleta é usada
por uma grande parcela de adultos para ir ao trabalho ou para lazer, fora que
praticamente quase todos os alunos das escolas de Segundo Grau, atendem às aulas
indo de bicicleta.
Táxis são
caros, e o custo é em torno de A$ 2,50 a
bandeirada, mais A$ 1,50 por Km rodado. Um táxi do centro da cidade até o
aeroporto na maioria das cidades australianas custa em média A$ 50. Táxis são
muitos usados também pela galera que vai beber em boates ou festas, e não
poderia dirigir de volta. O serviço
atende normalmente por chamada telefônica, e pode ser difícil em algumas áreas
da cidade se achar um táxi vazio passando pela rua. Existem alguns "pontos" em
lugares turísticos e Shopping Centers. Quase todos os "Pubs" possuem telefone
público com linha direta para cias de táxi. Os taxistas são atenciosos e bem
treinados, e muitas vezes arredondam o preço da corrida para baixo. Não é
prática se dar gorjetas, porém se a pessoa dispensar alguns dólares de troco,
será apreciado pelo taxista.
Ônibus
Interestaduais: A Greyhound Pioneer Australia (tel. 13 20 30). Opera viagens de ônibus entre as principais cidades
da Austrália. Oferece passes, desde por quilômetro percorrido, até por dias de
viagem, ou número de paradas.
Trem:
Na Austrália existem 3 tipos de
Trens. Um local nas grandes cidades que faz parte da rede de transporte público,
os Interestaduais pertencentes a governos de estados, e 2 linhas privadas que
operam travessias turísticas, sendo estes bem mais caros. Os interestaduais são
extremamente confortáveis e sempre no horário. As principais companhias são:
Countrylink,
Traveltrain e
Public Transport Authority
essa última operando só no Oeste da
Austrália.Mais informações sobre viajar de trem nas páginas de turismo.
Vôos Domesticos:
Virgin Blue e
Jetstar operam
vôos entre as principais cidades australianas com tarifas ultra baratas.
Normalmente a compra tem que ser feita online, e volta e meia aparecem promoções
tão baratas que chegam a dar vontade de viajar agora. Nessas cia "Budget" a
comida e bebida a bordo não são grátis e são cobradas à parte, mas nada impede
de você levar sua lagosta grelhada com manteiga para o avião. A QANTAS que é a
empresa aérea australia (a Jet Star faz parte da QANTAS) também oferece vôos
para as principais cidades australianas, mas com tarifas normais (às vezes
oferecem promoções). A QANTAS oferece o Boomerang Pass, que é um passe
aéreo para viajar por várias cidades, mas que só pode ser comprado de fora da
Austrália. Não esqueça que muitos aeroportos na Austrália cobram taxa de
embarque de aproximadamente A$ 30.
Nota Importante
sobre conexões: Muita gente tem
comprado bilhetes da América do Sul para Sydney, e depois compram pela Internet
pernas internas bem mais baratas com a Virgin Blue ou Jet Star para Brisbane,
Gold Coast, ou outros destinos dentro da Austrália, (e tem que mudar de
aeroporto). Deve se ter atenção pois o que acontece, é que o vôo da América do
Sul até Sydney é muito longo e com escalas, e não é raro ter atrasos de até 3
horas. Por isso ao comprar, dê um bom espaço de tempo para a conexão, pois se
você perder, essas cias baratas não reembolsam ou averbam o bilhete para outro
horário. Perdeu o vôo, perdeu o bilhete, e vai ter que comprar outro. Isso tem
acontecido muito ultimamente. Também deve se ter atenção que o peso máximo das
malas permitido em vôos internacionais é muito maior que nos vôos
domésticos.
Luizão só anda de transporte público
infantil.
CRÉDITOS: PORTAL OCEANIA |
sexta-feira, 27 de abril de 2012
SENADO DISCUTE MOBILIDADE URBANA
Senador preside debates sobre mobilidade e transporte urbano
Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado, realizada no último dia 09, especialistas alertaram para uma ‘grave crise’ de mobilidade urbana no país.
Para se ter ideia, mais da metade da população já se desloca por transporte individual, conforme destacou no debate o presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, Otávio Vieira. Para o senador Paulo Paim (PT-RS), que requisitou e presidiu a audiência, o melhor caminho é um transporte coletivo de qualidade e o incentivo a seu uso, o que pode passar por programas de reeducação. “Para isso estamos discutindo também o Estatuto do Motorista, que pode ter viés educativo.
A proposta também tem foco na diminuição de acidentes e na melhoria da qualidade de vida dos motoristas”, afirmou, em entrevista à Abert. De acordo com o senador, a comissão está atenta ao problema e, por isso, planejou um ciclo de debates sobre mobilidade pública. Ainda neste mês serão realizadas outras duas audiências sobre transporte ferroviário, metroviário e hidroviário e violência no trânsito.
Confira trechos da entrevista.
1) Segundo especialistas, mais da metade da população brasileira já se desloca por transporte individual. A mobilidade urbana no país está em crise?
Sim, está comprovado que o trânsito nas cidades será inviável e entrará em colapso se todos continuarem a se deslocar até o trabalho com o seu veículo próprio e se não houver investimentos no transporte coletivo. Infelizmente chegamos a esse limite porque o Brasil optou pelo transporte via rodovias, abandonando totalmente o transporte ferroviário. É bom que as pessoas tenham carro, mas a infraestrutura brasileira é frágil e não suporta que todos se desloquem de carro, seja para o trabalho, para a escola ou para o lazer.
Sim, está comprovado que o trânsito nas cidades será inviável e entrará em colapso se todos continuarem a se deslocar até o trabalho com o seu veículo próprio e se não houver investimentos no transporte coletivo. Infelizmente chegamos a esse limite porque o Brasil optou pelo transporte via rodovias, abandonando totalmente o transporte ferroviário. É bom que as pessoas tenham carro, mas a infraestrutura brasileira é frágil e não suporta que todos se desloquem de carro, seja para o trabalho, para a escola ou para o lazer.
2)Quais são as opções para que o problema seja minimizado?
O melhor caminho, como os próprios especialistas apontaram, é um transporte coletivo de qualidade e o incentivo de seu uso. Durante o debate no Senado foi defendida a combinação de sistemas rápidos de ônibus com linhas de metrô, vias para bicicleta e adequação de calçadas para pedestres. É importante também a integração física dos modais de transporte coletivo, interligando ciclovias, aquavias e ônibus locais, com estações de metro e de trens regionais.
3) O inchaço de carros nas ruas também passa por uma questão de mentalidade? Com certeza. É preciso reeducar a população para desestimular o uso individual do carro e estimular o uso do transporte coletivo. O sistema de transporte urbano de alguns países, por exemplo, principalmente em grandes centros urbanos onde há fluxo intenso, permite que o cidadão vá de carro até um determinado ponto e, de lá ele usa um veículo alternativo, desde motos até bicicletas. Para isso estamos discutindo também o Estatuto do Motorista, que pode ter viés educativo. A proposta também tem foco na diminuição de acidentes e na melhoria da qualidade de vida dos motoristas
CONSTRUTORA ABANDONA OBRAS DO BRT CARIOCA
Delta abandona obras do BRT Transcarioca
Ainda não se sabe se a saída da empresa, envolvida no escândalo de Carlinhos Cachoeira, pode atrasar as obras no corredor de ônibus | |
A construtora Delta, citada no escândalo de corrupção envolvendo o bicheiro Carlos Augusto Ramos, Carlinhos Cachoeira, e políticos da base aliada do Governo Federal e da oposição, anunciou na tarde desta quinta-feira, dia 26 de abril de 2012, que abandonou as obras do BRT – corredor de ônibus moderno e rápido, Transcarioca, no Rio de Janeiro.
A empresa formava consórcio com outra construtora, a Andrade Gutierrez, para fazer o trecho entre a Barra da Tijuca à Penha, na zona Norte do Rio de Janeiro.A Andrade Gutierrez continua nas obras.
A Delta, alegando também falta de recursos por conta do prejuízo que sua imagem teve após a deflagração das denúncias contra Cachoeira e o senador Demóstenes Torres, já tinha deixado as obras do Maracanã.
Apesar de não haver uma certeza, a Prefeitura não admitiu que as obras atrasem.
O corredor Transcarioca deve ligar o Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim à Barra da Tijuca. Ele deve custar R$ 1,3 bilhão, sendo que R$ 1,1 bilhão será financiado pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, em um contrato com carência de 3 anos. Os outros R$ 200 milhões serão a contrapartida da Prefeitura.
A obra será dividida em duas fases: a primeira é entre a Barra da Tijuca e a Penha, que tema a participação da Delta, e depois entre Penha e Aeroporto. O corredor completo vai demorar três anos para ficar pronto.
O trecho entre Barra e Penha vai ter 28 quilômetros de extensão. As obras começam em maio.
Já a obra entre a Penha e o Aeroporto, com 11 quilômetros de extensão, deve ser licitada em 08 de fevereiro.
O BRT Transcarioca é uma das obras para prepara o Rio de Janeiro para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 e melhora a mobilidade para o cidadão, de acordo com a Prefeitura.
Serão 45 estações modernas de embarque e desembarque, com acessibilidade, três terminais de integração, nove pontes, dez viadutos, dois mergulhões, duplicação de pistas e melhorias urbanísticas.
De acordo com a prefeitura, o BRT vai revitalizar parte do subúrbio do Rio de Janeiro.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
Construtora Delta, citada nas denúncias de corrupção envolvendo o bicheiro Carlinhos Cachoeira, anunciou na tarde desta quinta-feira, que deixará as obras do corredor BRT Transcarioca. Prefeitura do Rio de Janeiro nega que abandono atrase a entrega do corredor.
CARAVANA VOLVO PERCORRE O BRASIL
Caravana da Volvo avança pelo País para mostrar ônibus de diversas aplicações
São seis modelos entre urbanos e rodoviários, além de dois chassi e soluções de operação, manutenção e financiamento. |
A Caravana Volvo, uma estratégia de venda e apresentação de soluções da marca sueca no Brasil, avança para diversas regiões.
A montadora, que apresentou sua nova linha de ônibus que segue os novos parâmetros de redução de emissão de poluição, baseados nas normas Euro V, quer levar os ônibus para as principais cidades brasileiras e mostrar os produtos bem de perto para os frotistas.
A caravana é divida em roteiro Sul e roteiro Norte e deve passar por 54 cidades Brasileiras.
Além dos seis ônibus e de dois chassis, a marca vai apresentar serviços como de manutenção programada, gerenciamento de frota, alternativas financeiras e o VOAR – Volvo Atendimento Rápido.
As cidades visitadas terão a presença da caravana de três a quatro dias.
Os donos de empresas e profissionais recebem orientações de técnicos da companhia e as crianças têm acesso a noções sobre meio ambiente.
A Caravana deve percorrer boa parte do País até outubro.
A Volvo divulgou as imagens em foto e vídeo de um dos trechos, saindo de Curitiba, no sentido Ponta Grossa, no Paraná.
A montadora, que apresentou sua nova linha de ônibus que segue os novos parâmetros de redução de emissão de poluição, baseados nas normas Euro V, quer levar os ônibus para as principais cidades brasileiras e mostrar os produtos bem de perto para os frotistas.
A caravana é divida em roteiro Sul e roteiro Norte e deve passar por 54 cidades Brasileiras.
Além dos seis ônibus e de dois chassis, a marca vai apresentar serviços como de manutenção programada, gerenciamento de frota, alternativas financeiras e o VOAR – Volvo Atendimento Rápido.
As cidades visitadas terão a presença da caravana de três a quatro dias.
Os donos de empresas e profissionais recebem orientações de técnicos da companhia e as crianças têm acesso a noções sobre meio ambiente.
A Caravana deve percorrer boa parte do País até outubro.
A Volvo divulgou as imagens em foto e vídeo de um dos trechos, saindo de Curitiba, no sentido Ponta Grossa, no Paraná.
Foto-2 | Foto-3 | Foto-4 | Foto-5 |
Os modelos da Volvo que atendem à fase 7 do Pronconve – Programa Nacional de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores são:
RODOVIÁRIOS:
B 340 R, B 380 R, B 420 R e B 450 R
URBANOS:
B 270 F, B 290 R e B 290 RLE
Entre as cidades programadas na Caravana de Soluções Volvo estão:
São Paulo, Campinas, São José dos Campos, Sorocaba, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto (SP); Barra Mansa, Rio de Janeiro, Niterói (RJ); Belo Horizonte, Caratinga, Coronel Fabriciano, Juiz de Fora, Montes Claros, Pouso Alegre, Uberlândia (MG); Brasília (DF); Goiânia (GO); Curitiba, Lodrina, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Pato Branco, Ponta Grossa, Guarapuava, Maringá, Campo Mourão (PR); Passo Fundo, Caraizinho, Santa Maria, Pelotas, Caxias do Sul, Porto Alegre (RS); Araranguá, Florianóplis, Itajaí , Caçador (SC); Dourados, Campo Grande (MS); Cuiabá (MT); Manaus (AM); Belém (PA); São Luis (MA); Teresina (PI), Fortaleza (CE); Natal (RN); Recife (PE); Maceió (AL); Aracajú (SE); Salvador, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista (BA); Vitória e Cachoeiro do Itapemirim (ES).
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
FOTO 1:
Caravana da Volvo vai apresentar os novos modelos de ônibus da marca à mais de 50 cidades. Além dos ônibus urbanos e rodoviários, soluções em atendimento, manutenção e até financeiras serão mostradas pelos técnicos da marca. Foto: Volvo
FOTO 2:
Modelo B 290 R é uma das soluções para ônibus urbanos da marca, que pode ser usada em corredores também Foto: Volvo
FOTO 3:
O Modelo B 270 F marca a entrada da Volvo no segmento de ônibus com motor dianteiro e foi responsável pelo crescimento da empresa no mercado. Foto: Volvo
FOTO 4:
B 450 R é o ônibus mais potente do mercado e pode receber carrocerias de ônibus de dois andares e tem a configuração de quatro eixos também. Foto: Volvo
FOTO 5:
A nova linha da Volvo respeita às mais recentes legislações de restrição a emissão de poluentes, inseridas no Proconve P 7 e baseadas nas normas Euro V, da Europa. Veículos atendem desde o segmento urbano convencional até aplicações para longas distâncias. Foto: Volvo.
O PROBLEMA DA MOBILIDADE URBANA
Problemas se repetem por todo o país
por Michelle Amaral, do Brasil de Fato
Problemas como superlotação, trânsito, longas esperas pelos ônibus, falta de integração entre os meios de transporte público e alto valor das tarifas não são exclusivos de São Paulo. Em todo o país, a população sofre com um sistema de transporte coletivo deficiente, segundo diagnóstico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
De acordo com a pesquisa sobre a satisfação dos brasileiros com o transporte público realizada pelo órgão, cerca de 55% dos usuários estão insatisfeitos e consideram o serviço “ruim”, “muito ruim” ou “regular”.
Victor Khaled, do Movimento Passe Livre de Florianópolis (MPL Floripa), conta que na capital catarinense pouco tem sido feito em prol do transporte público. “Em contrapartida, houve grande soma de investimentos públicos na reprodução do modelo do transporte individual”, afirma.
Ele relata como principais problemas do transporte público de sua cidade a superlotação, a falta de integração entre as linhas de ônibus, os atrasos recorrentes nos trajetos e o alto custo da tarifa. “Na verdade, a gente tem um transporte coletivo na cidade que é bastante deficiente”, resume.
As mesmas queixas são feitas por Rodrigo Araújo, morador de Goiânia (GO). Ele descreve o transporte público de sua cidade como “ultrapassado”. “Os ônibus são superlotados, as linhas não atendem a demanda da população e constantemente acontecem manifestações espontâneas da população por conta da precariedade do sistema”, relata.
Falta de priorização
Segundo Lucas Monteiro, do Movimento Passe Livre de São Paulo (MPLSP), este tipo de situação vista em todo o país é resultado do modelo de urbanização empregado no Brasil, “que prioriza o transporte individual em detrimento do transporte coletivo”.
Para o consultor de tráfego Horácio Augusto Figueira, é necessário que esse modelo seja mudado para termos cidades com qualidade de vida e, para isto, é necessário que o poder público e a sociedade se conscientizem da necessidade de se priorizar o transporte coletivo. “A gente tem que informar a sociedade que o sonho do automóvel foi bom há 30 anos”, pondera.
Figueira explica que não adianta os governos proporem grandes obras viárias como solução para os problemas de deslocamento da população, porque não vai resolver. “Quanto mais espaço se ofertar para os carros, mais eles o ocuparão”, alerta. Segundo ele, a solução para a mobilidade urbana dos grandes centros é a priorização do transporte coletivo, que atende a maior parte da população. A pesquisa do Ipea aponta que 66,3% dos habitantes das regiões metropolitanas e 65% dos moradores das capitais utilizam o transporte público.
Transporte de massa
Aílton Brasiliense, da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), defende, ainda, a priorização do transporte de grande capacidade, como o metrô, para cidades com alto índice populacional, como São Paulo. “Se nós tivéssemos aprendido a lição nos primeiros 50 anos do Século 20, a gente teria entendido que deveríamos adensar em torno do sistema de grande capacidade”, afirma.
Contudo, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas sete cidades brasileiras com mais de 500 mil habitantes possuem sistema de metrô em operação. São elas: Belo Horizonte (BH), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Teresina (PI). Estão em fase final de construção ainda os metrôs de Fortaleza (CE) e Salvador (BA).
“Salvador já deveria ter um metrô. Qualquer cidade com mais de um milhão de habitantes precisaria ter um metrô. Salvador tem 2,6 milhões e tem um metrô que está sendo construído há 12 anos sem nenhum trecho entregue ainda”, protesta Manoel Nascimento (Manolo), do Centro de Estudos e Ação Social (Ceas) de Salvador.
O primeiro trecho do metrô da capital baiana, com seis quilômetros, começou a ser testado no dia 20 de dezembro, mas não há previsão para que entre efetivamente em operação. Ao todo, a primeira linha do metrô soteropolitano terá 12 quilômetros de extensão, que deverão custar, ao final, mais de R$ 1,2 bilhão.
Há também a previsão de construção de uma segunda linha em Salvador com vistas à Copa do Mundo. A presidenta Dilma Rousseff anunciou em novembro a destinação de R$ 1,6 bilhão por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana das Grandes Cidades para a construção de 22 quilômetros de metrô na cidade.
Na avaliação de Manolo, a proposta de construção de uma linha de metrô a partir das necessidades para a Copa do Mundo não vai significar melhora nos deslocamentos da população local. “A construção desse metrô será muito mais em função do interesse em relação ao turismo do que necessariamente das orientações e necessidades da população”, afirma.
No total, o governo federal destinará R$ 30 bilhões – sendo R$ 18 bilhões do PAC Mobilidade das Grandes Cidades e os outros R$ 12 bilhões do PAC Copa – para as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 investirem na solução dos problemas de mobilidade urbana.
* Publicado originalmente no jornal Brasil de Fato e retirado do site Mercado Ético.
**ALTERADO O TITULO
De acordo com a pesquisa sobre a satisfação dos brasileiros com o transporte público realizada pelo órgão, cerca de 55% dos usuários estão insatisfeitos e consideram o serviço “ruim”, “muito ruim” ou “regular”.
Victor Khaled, do Movimento Passe Livre de Florianópolis (MPL Floripa), conta que na capital catarinense pouco tem sido feito em prol do transporte público. “Em contrapartida, houve grande soma de investimentos públicos na reprodução do modelo do transporte individual”, afirma.
Ele relata como principais problemas do transporte público de sua cidade a superlotação, a falta de integração entre as linhas de ônibus, os atrasos recorrentes nos trajetos e o alto custo da tarifa. “Na verdade, a gente tem um transporte coletivo na cidade que é bastante deficiente”, resume.
As mesmas queixas são feitas por Rodrigo Araújo, morador de Goiânia (GO). Ele descreve o transporte público de sua cidade como “ultrapassado”. “Os ônibus são superlotados, as linhas não atendem a demanda da população e constantemente acontecem manifestações espontâneas da população por conta da precariedade do sistema”, relata.
Falta de priorização
Segundo Lucas Monteiro, do Movimento Passe Livre de São Paulo (MPLSP), este tipo de situação vista em todo o país é resultado do modelo de urbanização empregado no Brasil, “que prioriza o transporte individual em detrimento do transporte coletivo”.
Para o consultor de tráfego Horácio Augusto Figueira, é necessário que esse modelo seja mudado para termos cidades com qualidade de vida e, para isto, é necessário que o poder público e a sociedade se conscientizem da necessidade de se priorizar o transporte coletivo. “A gente tem que informar a sociedade que o sonho do automóvel foi bom há 30 anos”, pondera.
Figueira explica que não adianta os governos proporem grandes obras viárias como solução para os problemas de deslocamento da população, porque não vai resolver. “Quanto mais espaço se ofertar para os carros, mais eles o ocuparão”, alerta. Segundo ele, a solução para a mobilidade urbana dos grandes centros é a priorização do transporte coletivo, que atende a maior parte da população. A pesquisa do Ipea aponta que 66,3% dos habitantes das regiões metropolitanas e 65% dos moradores das capitais utilizam o transporte público.
Transporte de massa
Aílton Brasiliense, da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), defende, ainda, a priorização do transporte de grande capacidade, como o metrô, para cidades com alto índice populacional, como São Paulo. “Se nós tivéssemos aprendido a lição nos primeiros 50 anos do Século 20, a gente teria entendido que deveríamos adensar em torno do sistema de grande capacidade”, afirma.
Contudo, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas sete cidades brasileiras com mais de 500 mil habitantes possuem sistema de metrô em operação. São elas: Belo Horizonte (BH), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Teresina (PI). Estão em fase final de construção ainda os metrôs de Fortaleza (CE) e Salvador (BA).
“Salvador já deveria ter um metrô. Qualquer cidade com mais de um milhão de habitantes precisaria ter um metrô. Salvador tem 2,6 milhões e tem um metrô que está sendo construído há 12 anos sem nenhum trecho entregue ainda”, protesta Manoel Nascimento (Manolo), do Centro de Estudos e Ação Social (Ceas) de Salvador.
O primeiro trecho do metrô da capital baiana, com seis quilômetros, começou a ser testado no dia 20 de dezembro, mas não há previsão para que entre efetivamente em operação. Ao todo, a primeira linha do metrô soteropolitano terá 12 quilômetros de extensão, que deverão custar, ao final, mais de R$ 1,2 bilhão.
Há também a previsão de construção de uma segunda linha em Salvador com vistas à Copa do Mundo. A presidenta Dilma Rousseff anunciou em novembro a destinação de R$ 1,6 bilhão por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana das Grandes Cidades para a construção de 22 quilômetros de metrô na cidade.
Na avaliação de Manolo, a proposta de construção de uma linha de metrô a partir das necessidades para a Copa do Mundo não vai significar melhora nos deslocamentos da população local. “A construção desse metrô será muito mais em função do interesse em relação ao turismo do que necessariamente das orientações e necessidades da população”, afirma.
No total, o governo federal destinará R$ 30 bilhões – sendo R$ 18 bilhões do PAC Mobilidade das Grandes Cidades e os outros R$ 12 bilhões do PAC Copa – para as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 investirem na solução dos problemas de mobilidade urbana.
* Publicado originalmente no jornal Brasil de Fato e retirado do site Mercado Ético.
**ALTERADO O TITULO
SÃO PAULO QUER COBRAR PEDÁGIO URBANO
São Paulo vota aprovação de pedágio urbano
sexta-feira, 27 de abril, 2012 por Tania às 2:00 pmIr de carro ao centro de São Paulo ficará mais caro. A Câmara municipal já aprovou pela Comissão de Constituição e Justiça, o texto para adoção do pedágio urbano na capital paulista. De acordo com o projeto de autoria do vereador Carlos Apolinário (DEM), deverá ser cobrada uma tarifa de R$ 4 por dia na área do centro expandido, onde já vigora o rodízio de placas.
Pelo projeto, nos finais de semana e feriados não haverá cobrança. Nos 22 dias úteis do mês, o proprietário de carro que for todos os dias ao centro terá que desembolsar a mais R$ 88.
Com a medida, a expectativa é de redução de 40% na circulação de veículos na área central. A ideia é conseguir reduzir os congestionamentos. O projeto também propõe que o valor arrecadado seja revertido para o transporte público.
Antes de entrar em votação, o projeto terá que ser aprovado ainda pelas comissões de Transportes e de Finanças e Orçamento. A medida está prevista no Plano Diretor.
METRÔ E CORREDORES DE ÔNIBUS - PRIORIDADES DO PAC DA MOBILIDADE
Metrô e corredores de ônibus são prioridades nas obras do PAC da Mobilidade
Presidente Dilma Rousseff fez o anúncio da nova fase do Programa nesta terça-feira que libera R$ 32 bilhões em financiamentos para os transportes públicos
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Um envolvimento maior do Governo Federal com as questões relacionadas com os transportes públicos.
Este foi um dos assuntos abordados pela presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira, dia 24 de abril de 2012, no anúncio oficial da liberação dos financiamentos da nova fase do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento Grandes Cidades, em evento no Palácio do Alvorada.PORTO ALEGRE:
RECIFE:
DISTRITO DEFERAL:
CURITIBA:
FORTALEZA:
MANAUS:
SALVADOR:
BELO HORIZONTE:
SÃO PAULO:
JOÃO PESSOA:
CAMPO GRANDE:
Além dos ganhos econômicos nas cidades contempladas, o Governo Federal frisou os benefícios ambientais que os transportes públicos oferecem ao reduzirem ao número de carros nas ruas, os principais responsáveis pela poluição do ar nas grandes e médias cidades.
FOTO: Internet.
SETOR DE TRANSPORTES GANHA MAIS INVESTIMENTOS
Dilma anuncia mais investimentos para transportes
Fase do PAC da Mobilidade Urbana vai destinar R$ 32 bilhões para obras de metrô e corredores de ônibus
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A presidente Dilma Rousseff anunciou na tarde desta terça-feira, dia 24 de abril de 2012, a liberação de R$ 32 bilhões, em cerimônia no Palácio do Planalto, dentro do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento - Mobilidade Urbana Grandes Cidades.
Serão contemplados 51 cidades de 18 estados.
Deste total, R$ 22 bilhões virão do Governo Federal e outros R$ 10 milhões como contrapartida dos estados.
O dinheiro deve ser aplicado em obras de expansão e criação de redes de metrô, de VLT (Veículos Leves sobre Trilhos), corredores de ônibus expressos e BRT - Bus Rapid Transit, corredores de ônibus mais modernos.
Após a publicação no Diário Oficial, os estados e municípios terão 18 meses para apresentarem os projetos de transportes finalizados.
Os projetos serão analisados e depois da aprovação, que pode demandar mais um tempo ainda, as obras terão início.
Parta Dilma Rousseff, o PAC da Mobilidade é mais uma maneira de estados e Governo Federal interagirem de maneira melhor para que a população seja atendida na área de transportes.
Antes do anúncio do Brasil para sediar a Copa do Mundo, praticamente o Governo Federal se eximia do tema transportes públicos, embora Dilma tenha afirmado que esta fase do PAC não tem relação direta com o mundial de futebol. Tanto é que serão contempladas cidades que não vão sediar as competições mundiais.
As cidade de Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro já tiveram investimentos anunciados nesta área.
Os transportes de média e de alta capacidade são o foco deste PAC da Mobilidade.
Entre as obras previstas nas cidades estão:
- 600 quilômetros de corredores de ônibus.
- 380 terminais e estações
- 200 quilômetros de metrô
- 1000 veículos sobre trilhos.
De acordo com o Ministério das Cidades, estas obras devem beneficiar 53 milhões de pessoas diretamente.
Segundo o Ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, além de melhorar o ir e vir das pessoas, as obras vão gerar empregos, melhorar o rendimento econômico das cidades, que perdem muito dinheiro com trânsito, e auxiliar na redução da poluição, principalmente emissão de gases poluentes do ar.
Aguinaldpo estime que uma melhor mobilidade pode "devolver" à vida das pessoas cerca de um mês por ano pelo fato de não ficarem presas em engarrafamentos.
FOTO1: Corredores de ônibus serão algumas das obras realizadas com recursos de nova fase do AC da Mobilidade anunciado nesta terça-feira pela presidente Dilma Rousseff. Obras vão auxiliar na mobilidade, no desempenho econômico das cidades e na redução da poluição.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
VOLARE EXPÔE NA AGRISHOW
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VOLARE EXPÕE NA AGRISHOW MINIÔNIBUS CAMPEIRO, PARA TRANSPORTE DE TRABALHADORES RURAIS, E O ESCOLARBUS 4X4
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Crédito da foto: Gilmar Gomes
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Secco Consultoria de Comunicação | ||
Tel. 11 5641-7407 | secco@secco.com.br
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FORUM BUS 2012
Renovações dos sistemas são constantes com licitações. Mercado de usados se torna cada vez mais restrito e competitivo. Ônibus com boas condições têm sido encostados. Eles não poderiam ter utilidade em outros sistemas e serviços?
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O ano de 2011 foi recorde em toda a história da indústria de ônibus no Brasil.
De acordo com balanço da Fabus, Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus, foram feitas no ano passado 35 mil 531 carrocerias pelas suas associadas: Marcopolo, Ciferal, Comil, Indusscar, Irizar, Neobus e Mascarello. A maioria foi para a configuração urbana.
São ônibus novos que aposentaram os que já estavam em circulação, num número maior que o que se via costumeiramente no setor. Além disso, algumas renovações se trataram de antecipações, ou seja, ônibus que ainda poderiam rodar por mais um tempo, respeitando os limites estipulados pelos poderes públicos locais, que acabaram deixando os serviços. E há ônibus que oferecem condições de uso, inclusive com acessibilidade, mas que estão nos pátios das revendedoras, perdendo valor. O que fazer com eles?
No Fórum 2012, o Canal do Ônibus, portal especializado no setor de transportes de passageiros, se propõe a discutir, com a participação de diversos agentes envolvidos, desde passageiros, frotistas, revendedores a fabricantes, este aspecto pouco citado neste segmento tão importante no dia a dia das pessoas e no desenvolvimento econômico, urbano e social.
É necessário entender, no entanto, entender os motivos pelos quais as renovações de frota têm sido tão intensas.
QUESTÕES AMBIENTAIS
Um fato marcante foi antecipação da renovação da frota feita pelos empresários de ônibus diante da mudança dos padrões de emissões de poluição.
Até o mês de dezembro de 2011, as fabricantes seguiam os padrões baseados nas normas européias Euro III. A partir de janeiro, passou a vigorar a fase P 7 do Proconve - Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, com base nas normas Euro V.
Os ônibus poluem bem menos: 60% de redução de óxidos de nitrogênio (NOx) e 80% de materiais particulados.
Mas para atenderem às novas exigências de emissão, os ônibus precisam de novas tecnologias que deixam os veículos até 15% mais caros.
Para escaparem destes preços mais altos, no ano passado, os empresários correram para as compras e mesmo os ônibus que deveriam ser comprados neste ano ou no próximo, já foram adquiridos em 2011, por valores menores. A produção dos ônibus Euro III foi proibida a partir de janeiro, mas a comercialização dos chassis em estoque foi permitida até 31 de março deste ano. Daí, a discrepância entre os números de produção e de emplacamentos (que foram maiores) no primeiro trimestre deste ano.
Algumas mudanças na operação dos modelos dos ônibus menos poluentes também deixaram os empresários pouco confiantes em relação ao início do vigor das novas tecnologias. Uma delas é a necessidade do uso do ARLA 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo), feito com 32% de uréia industrial, um fluido que é colocado num reservatório separado do tanque do diesel. O ARLA 32 provoca uma reação química no sistema de escape e transforma o óxido de nitrogênio, que é cancerígeno, em nitrogênio puro, um material encontrado no ar naturalmente.
Para os empresários, o ARLA 32 é visto como um custo a mais. As fabricantes dizem que os motores Euro V são mais econômicos, o que "compensaria" os custos maiores com o ARLA. Isso talvez se aplique nos grandes centros. Frotistas e transportadores autônomos dizem que o produto está em falta sim nas regiões mais afastadas destes centros. E como em todo "bom e velho" capitalismo, quando a procura é alta e a oferta é pequena, os preços sobem. Há relatos de cobrança de até R$ 7,00 o litro de ARLA, bem acima do valor do litro do diesel, mesmo o ARLA sendo mais fácil de produzir e transportar que o combustível dos ônibus e caminhões.
QUESTÕES LEGAIS E LICTAÇÕES
Desde 1988, a Constituição Federal determina que serviços como de transportes coletivos, urbanos ou rodoviários, sejam regidos por contratos de concessão estabelecidos após a realização de licitações.
Mas parece que só agora os poderes públicos, pressionados pela sociedade e por órgãos como Ministério Público, se atentaram ao fato.
Se a lei fosse cumprida, a renovação das frotas urbanas seria feita gradativamente e os impactos no mercado de usados seriam menores. Mas tudo ficou para os anos mais recentes.
Para se ter idéia de alguns exemplos de grandes renovações entre 2010 e 2011:
- Mauá (SP): 86 ônibus zero quilômetro com a entrada de uma nova empresa na cidade
- Sorocaba (SP): 179 ônibus novos previstos também com um novo consórcio operador
- Diadema (SP): 194 ônibus novos com os inícios da operação de duas novas empresas.
- Curitiba (PR): 557 veículos novos, desde o ano passado, na capital paranaense e nos municípios da região metropolitana, que fazem parte da RIT - Rede Integrada de Transporte.
- Manaus (AM): Foram colocados desde o ano passado 831 ônibus novos e o número deve chegar a 944 veículos.
Outros exemplos não faltam.
Além da colocação dos ônibus novos, as licitações exigem um tempo menor de vida útil dos veículos, que dependendo das cidades varia entre 10 e 15 anos de idade máxima.
A questão é polêmica entre o mercado e os próprios operadores de transportes.
Dependendo do uso do ônibus, em 10 anos, o veículo pode estar demasiadamente desgastado. Em outros casos, o ônibus pode apresentar boas condições de conforto e segurança, como são os exemplos dos veículos que operam em corredores exclusivos, com pavimento adequado.
Mesmo assim, estes ônibus têm sido encostados.
NÃO SÃO SÓ URBANOS
Quem pensa que a limitação de idade dos ônibus atinge mais o segmento dos veículos de configuração urbana, não acompanha a movimentação do mercado em já substituir ônibus rodoviários de forma mais marcante.
Além das renovações necessárias, as empresas estão de olho na licitação de 1967 linhas de ônibus interestaduais e internacionais promovidas pela ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres.
Apesar de as empresas divergirem de vários pontos do certame, inclusive sobre a quantidade de frota determinada pela agência do Governo Federal, tida como insuficiente pelas companhias de ônibus, as empresas de olho nos 18 grupos e 60 lotes que o sistema será dividido já se movimentam e a procura por veículos novos também mostra um sinal de aquecimento do mercado de rodoviários.
O Governo Federal estima que suprem o sistema de ônibus rodoviários 6 mil 152 ônibus com mais 639 de reserva. As empresas alegam que com menos de 10 mil veículos não é possível atender a demanda.
Mas esta polêmica à parte, a ANTT estipula idade média de 05 anos para a frota e máxima de 10 anos.
Hoje, a idade média é de cerca de 15 anos e há ônibus com aproximadamente 30 anos de uso.
Um estudo da Fundação Getúlio Vargas mostra que metade da frota de ônibus em circulação nos serviços rodoviários interestaduais e internacionais, para cumprir a idade exigida pela ANTT, caso a licitação realmente saia do papel este ano, precisaria ser trocada.
Isso significa cerca de mais de 4 mil ônibus rodoviários nas estradas brasileiras.
Muitos veículos, portanto, serão encostados.
COPA, OLIMPÍADAS E MODERNIZAÇÃO:
Mas as questões envolvendo as renovações das frotas de ônibus não se limitam às antecipações por conta do encarecimento dos valores dos veículos com novas tecnologias, legislações e licitações, assuntos internos do País.
A renovação dos ônibus brasileiros tem uma dimensão internacional.
Em 2014, o País vai sediar a Copa do Mundo em 12 cidades. Em 2016, é a vez do Rio de Janeiro. E o Brasil não pode fazer feio para o mundo.
O cidadão brasileiro necessita de mobilidade com qualidade independentemente do o País sediar um evento internacional que dura cerca de um mês.
Mas é hipocrisia dizer que a mobilidade está sendo pensada apenas para o cidadão. É para Copa mesmo. O legado? Espera-se que seja o melhor para o cidadão e não obras que depois sejam subaproveitadas, mesmo com tantos investimentos, enquanto a maioria da população precisa de meios no mínimo dignos para se locomover.
De toda a forma, diversas cidades estão investindo em sistemas de corredores de ônibus modernos, do tipo BRT - Bus Rapid Transit, que comportam ônibus de grande porte, como articulados e biarticulados.
Além da substituição dos ônibus mais antigos, estes veículos reduzem o número de veículos em operação, o que traz benefícios para o meio ambiente, com menos emissão de poluentes, e para o trânsito. Em corredores, os ônibus não ocupam os lugares dos carros e por não ficarem presos no trânsito, menos ônibus conseguem fazer mais viagens.
Além disso, um ônibus articulado ou biarticulado pode substituir até 04 ônibus convencionais.
São mais veículos aposentados.
UMA SOLUÇÃO E UM PROBLEMA
A renovação da frota de ônibus de forma mais intensa, embora que ainda em várias regiões, a frota é bastante sucateada, traz diversos benefícios não só aos passageiros, mais a toda a comunidade:
- Ambientais: os ônibus novos são menos poluentes em diversos aspectos. Os movidos a diesel, hoje usam o combustível do tipo S 50, que possui menos partículas de enxofre. A tecnologia atual, Euro V, com o uso do Diesel S 50, reduz significativamente a emissão dos cancerígenos óxidos de nitrogênio e materiais particulados. Há também ônibus com tecnologias alternativas ao petróleo, como o diesel de cana de açúcar (Mercedes Benz), biodiesel (Volkswagen), etanol (Scania), elétrico híbrido (Volvo ou Eletra) e o trólebus que foi modernizado (Eletra). Em Curitiba, por exemplo, o maior ônibus do mundo, os Ligeirões Azuis Biarticulados, tem como fonte de energia 100% de Biodiesel. A poluição nas linhas operadas pelos Ligeirões caiu 63% no último ano, segundo a Urbs, Urbanização de Curitiba S.A., que gerencia os transportes da cidade de Curitiba e da região metropolitana.
- Conforto e Segurança: Os novos ônibus seguem os mais modernos padrões e exigências legais de conforto e segurança, que vão desde motores eletrônicos e sistemas de freios mais eficientes, a saídas de emergência dispostas de forma melhor, e há faixas refletivas ao longo da carroceria que melhoraram a visualização dos ônibus por parte de outros motoristas e pedestres, principalmente à noite. No quesito conforto, os corredores oferecem melhor circulação interna e a distância entre os bancos é maior, oferecendo melhores condições aos passageiros de maior estatura.
- Acessibilidade: Todos os ônibus que saem de fábrica devem oferecer equipamentos que permitem acesso de passageiros que usam cadeira de rodas, como elevadores em ônibus com chassi comum ou rampas em veículos de piso baixo ou cujo sistema permite que ao assoalho fique na mesma altura dos pontos, como ocorre há mais de 20 anos as estações-tubo de Curitiba e que deve ser implantando em outros BRTs que devem ser inaugurados até a Copa. Os ônibus também possuem espaço para cão-guia acompanhante de pessoas com limitação visual.
- Agregar Valor ao Ambiente Urbano: Os ônibus fazem parte do ambiente urbano e do cotidiano das cidades e estradas, mesmo que as pessoas conscientemente não se atendem a estes detalhes. No entanto, até para quem está num carro de passeio de luxo, parar no trânsito ao lado de um ônibus novo e limpo e ao lado de um veículo velho e mal conservado a sensação é diferente. Estudos comprovam isso e as pessoas não precisam entender modelos de chassi e carrocerias. Mas qualquer um saber definir um veículo sem condições.
Assim as renovações de frotas trazem ganhos, acompanhadas claro de planejamento operacional, prioridade ao transporte público e ações de capacitação de motoristas, cobradores, fiscais e outros profissionais de transportes.
E OS ÔNIBUS BONS QUE ESTÃ ENCOSTADOS?
Mas para cumprir todas as exigências legais, de licitação, de mercado para antecipação de frota por causa da mudança dos padrões de redução de poluição, e de modernização de sistemas de mobilidade, muitos ônibus ainda em condições, inclusive com acessibilidade e ofertando conforto e segurança, têm sido encostados.
O que fazer com estes ônibus? Como anda o mercado de usados? As empresas estão revendendo com facilidade ou mais dificuldades os ônibus?
Estas e outras questões importantes sobre este aspecto dos transportes, o Canal do Ônibus, portal especializado no setor, se propõe a discutir.
Todos podem participar: passageiros, empresários, poder público, admiradores de ônibus, revendedores, representantes de montadoras, de encarroçadoras e toda a sociedade.
As respostas ao questionário vão fazer parte de uma levantamento destinado ao setor e vão resultar numa reportagem especial. Por isso, sua participação é essencial.
Acesse: http://noticias.canaldoonibus.com.br/component/rsform/form/3-a-frota-de-onibus-usados-no-brasil.html
FOTO: As renovações de frota estão cada vez mais intensas em todo o País. Diversas cidades têm trocado boa parte dos ônibus. Só em Curitiba, desde o ano passado a previsão é de 557 veículos zero quilômetro para o sistema da Região Metropolitana e Capital, como anuncia a propaganda no vidro traseiro de um deles. As renovações já se intensificam também no segmento de ônibus rodoviários, com a maior licitação de transportes interestaduais e internacionais da história do País, promovida pela ANTT. As renovações têm trazido ganhos não só aos passageiros, mas ao meio ambiente e para o bem estar urbano e nas estradas. Mas por conta de antecipação da troca de frota , devido a mudança de tecnologia de emissão de poluição que deixou os ônibus este ano mais caros, e para seguir a legislação, diversos ônibus em bom estado e já com itens de conforto e acessibilidade tem sido encostados. O que fazer com estes veículos? Eles podem ter alguma utilidade em cidades menos providas de recursos ou mesmo para fins sociais? Foto: Adamo Bazani.
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