O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias e Oficinas Mecânicas de Joinville entrou com pedido de impugnação do Plano de Recuperação Judicial apresentado pela encarroçadora de ônibus Busscar, uma das mais tradicionais do País e que já chegou a empregar 5 mil pessoas. Segundo o Sindicato, o plano é inconsistente e se baseia em dados de mercado desatualizados ou difíceis de serem realizados, como a dependência de 70% de sua produção deste ano no Programa de Exportação de Ônibus para a Guatemala, que ainda não tem data certa para ser colocado em prática, participação de mercado que a Busscar não possui mais e determina valores de produtos que na prática estão desatualizados. Os descontos nos débitos e os prazos de carência para pagamento, segundo a petição, não correspondem ao que a Busscar realmente deve e ferem o artigo 54 da lei de Falências,m que determina que numa recuperação judicial, as empresas não demorem mais que 12 meses para o pagamento das dívidas. Segundo o Sindicato, os débitos de R$ 700 milhões da Busscar não correspondem a realidade da empresa, Não são considerados no plano de recuperação os débitos fiscais que são de R$ 447 milhões, o que elevaria a dívida da Busscar para R$ 1, 3 bilhão, valor até oito vezes maior que o patrimônio da empresa. Família Nielson não quer participação de concorrentes na empresa. Foto: Adamo Bazani.
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