sábado, 31 de março de 2012

O que é ARLA 32?

O que é ARLA 32?

ARLA 32 é uma solução de uréia de alta qualidade e pureza. Um produto muito fácil de usar.

ARLA 32 é um reagente que é usado juntamente com o sistema de Redução Catalítica Seletiva (SCR) para reduzir quimicamente as emissões de óxidos de nitrogênio presentes nos gases de escape dos veículos a diesel. O ARLA 32 é uma solução a 32,5% de uréia de alta pureza em água desmineralizada que é transparente, não tóxica e de manuseio seguro. Ele não é explosivo, nem inflamável nem danoso ao meio ambiente. O ARLA 32 é classificado como produto de categoria de risco mínimo no transporte de fluidos. Não é um combustível, nem um aditivo de combustível e precisa ser utilizado em um tanque específico em seu veículo diesel SCR. O abastecimento é feito de forma semelhante ao diesel. Se você derramar ARLA 32 em suas mãos, basta lavá-las com água.

Quanto ARLA 32 é necessário?

O consumo médio de ARLA 32 é de 5% do consumo de diesel, de maneira que será necessário abastecer muito menos ARLA 32 do que diesel. Serão utilizados cerca de 5 litros de ARLA 32 para cada 100 litros de diesel.

Como se deve guardar ARLA 32?

O ARLA 32 pode ser guardado por um ano se for feito da maneira correta, isto é, protegido da incidência direta da luz solar. Ele necessita ser protegido de temperaturas muito altas ou muito baixas. Deve ser armazenado em uma embalagem selada em um local bem ventilado.

Por que devo escolher SCR + ARLA 32 ao invés de outras tecnologias?

O ARLA 32 juntamente com o SCR oferece uma significativa redução no consumo de combustível e conseqüentemente das emissões de CO2 se comparado as tecnologias concorrentes. Todos os maiores fabricantes de caminhões e ônibus no Brasil irão oferecer a partir de janeiro de 2012, modelos equipados com SCR.

Por que a qualidade do ARLA 32 tem importância?

Várias ações podem afetar a qualidade do ARLA 32. Para prevenir uma contaminação, é imperativo que materiais estranhos não entrem em contato com a solução. Utilizar o ARLA 32 contaminado pode levar a uma dispendiosa substituição do catalisador. Comprar Air1 é a garantia de ter a correta especificação exigida para a utilização com a tecnologia SCR.

FORD TEM ARLA 32

Ford também vai de Arla 32
Montadora compra o produto da Cummins e o revende com a marca Motorcraft

















Redação AB

A Ford está vendendo com a marca Motorcraft o aditivo Arla 32 para utilização em caminhões Euro 5/Proconve P7 dotados de tecnologia SCR, sigla em inglês para redução catalítica seletiva. O insumo é fornecido pela Cummins Filtration, de Guarulhos (SP), que investiu US$ 1,3 milhão em sua planta e quer produzir 12 milhões de litros do agente redutor em 2012.  O Arla 32 Motorcraft estará em 139 pontos de venda da rede Ford de Caminhões.

Segundo a fabricante, o produto chega com preços sugeridos de R$ 36,41 (10 litros) e R$ 63,34 (20 litros). As duas embalagens são acompanhadas de um bico dosador, que é guardado sob o rótulo. O prazo de validade é de 12 meses. A temperatura de armazenamento ideal é entre -11ºC e 30º C. Os caminhões Ford Cargo têm tanques com capacidade para armazenar entre 25 e 90 litros do redutor catalítico, cujo consumo equivale a 5% do volume de diesel utilizado.

MERCEDES BENZ LANÇA ÔNIBUS "FORA DE ESTRADA".

Um reforço para a família Mercedes Benz

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Um veículo robusto, forte e que enfrenta qualquer desafio. Assim pode ser considerado o chassi OF 1519 R, para serviços escolares em áreas rurais e outras aplicações em condições severas, apresentado nesta terça-feira, dia 27 de março de 2012, pela Mercedes Benz.
A empresa não quer perder o mercado crescente de ônibus "fora de estrada" impulsionado desde 2007 pelo "Programa Caminho da Escola", do FNDE – Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação, do Governo Federal, para facilitar o acesso de estudantes aos estabelecimentos de ensino em zonas rurais e áreas de difícil tráfego.
Levantamento feito pelo Governo Federal antes da criação do Programa dava conta que muitas crianças acabavam não indo para a escola por falta de transporte ou condições mínimas de deslocamento.
Os números da Mercedes Benz mostram a grandiosidade do "Caminho da Escola" tanto no aspecto social como para a indústria de ônibus brasileiros.O
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"Caminho da Escola" inspirou outros programas, só que na esfera estadual, como em São Paulo e
Benz comercializou 300 ônibus também para o FNDE, destinados para os estados do Nordeste. Entre 2010 e 2011, as vendas foram ainda de mais destaque. Só para o Fundo de Educação de São Paulo, 960 novos ônibus Mercedes Benz começaram a servir os estudantes.Paraná, para onde a Mercedes Benz também enviou ônibus.
Entre 2008 e 2009, a Mercedes Benz vendeu 150 unidades para o FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Federal. Também em 2009, foram 315 veículos para a Secretaria da Educação do Paraná. No ano de 2010, a Mercedes
E o programa deve crescer assim como a concorrência.
A Mercedes Benz não quer ficar atrás e nem perder este crescimento.O mercado tem muita margem neste segmento e muitos municípios a serem atendidos ainda.
Clique na imagem para ampliar"A maior parte deste tipo de serviço, escolar em áreas de difícil acesso, e de tráfego em condições difíceis para outras aplicações, ainda é feita com ônibus de segunda, terceira mão. São veículos com muitos anos de uso. Tomamos como base em 2002 que identificamos 116 ônibus antigos, LO 610.
A participação da Mercedes Benz neste segmento é grande pelo fato de a participação da empresa no mercado em geral ser grande e estes ônibus serem usados" – disse Curt Axthelm, Gerente de Marketing de Ônibus da Mercedes Benz.

R DE REFORÇADO:
O OF 1519 R veio não apenas para deixar a Mercedes mais presente neste mercado de ônibus crescente. De acordo com a empresa, o objetivo é oferecer um produto resistente, que atenda às legislações para transporte escolar e de tráfego em áreas de condições mais severas.
O R da extensão da nomenclatura é de Reforçado, segundo a Mercedes Benz.
A base é do chassi OF 1519, que é a versão que segue os novos padrões de restrição de emissão de poluentes das normas Euro V do Proconve P 7 do antigo OF 1418, muito usado em serviços escolares, urbanos e de fretamento de pequena distância.
Mas o chassi OF 1519 R não se limita a um modelo convencional com maior altura em relação ao solo e menores balanços dianteiro e traseiro (distância entre os eixos e os para-choques) .
Há várias alterações que deixaram o veículo com itens além dos exigidos pelas legislações.
O eixo traseiro é mais forte que de um OF 1519 "convencional". É usado o mesmo tipo de eixo do OF 1730, modelo parta exportação. Esse eixo tem o peso de 11,5 toneladas. No veículo OF 1519 urbano seria usado um eixo de 10,5 toneladas.
Apesar de o eixo no OF 1519 R ser para 17 toneladas, o PBT – Peso Bruto Total do veículo é de 15 toneladas por conta da combinação dos pneus.
Os pneus também são adequados para trajetos "fora de estrada".
Eles são diagonais, mais resistentes que os radiais para trânsito comum, mais altos e com "ombros" maiores.
"Isso evita que o ônibus tenha o pneu rasgado ou furado em contato com desníveis ou mesmo pedras" – explica Curth Axthelm.
Mesmo sendo um radical off road, o OF 1519R é bem comportado quando o assunto é emissão de poluentes e conforto para o motorista e os passageiros.
O ônibus segue as determinações do Programa Nacional de Controle de Emissão de Poluição do Ar por Veículos Automotores – Proconve, da fase 7 – P 7, baseadas nas normas europeias Euro V. Com isso, o motor OM 924 LA emite 80% menos de materiais particulados e reduz em até 60% Óxidos de Nitrogênio (NOx).
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Para os ocupantes, a barra estabilizadora na parte traseira do veículo garante estabilidade, fundamental para o tipo de pavimento por onde o OF 1519 R deve trafegar.
"Ela garante menos trepidação transmitida à carroceria".
Além disso, a ergonomia do banco do condutor garante mais conforto ao motorista somada à posição em relação ao salão de passageiro.
Veículo forte e robusto, mas econômico, de acordo com a Mercedes Benz.
Para atender às normas Euro V, a Mercedes Benz optou pelo sistema de redução catalítica, que usa um fluido à base de uréia industrial, o ARLA 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo) que faz o tratamento dos gases de escape. Ao cumprir as normas Euro V, com motores e equipamentos mais modernos, a Mercedes garante que os veículos consomem menos combustível. Outro aliado à redução de consumo é o painel que tem um indicador que orienta o motorista caso o gasto do combustível seja acima do normal, o que pode ajudar o condutor a corrigir eventuais comportamentos inadequados ao volante.
SOBE ATÉ PAREDE:
"Esse ônibus OF 1519 R sobe até parede".
A frase de Curt Axthelm, gerente senior de Marketing da Mercedes Benz, pode superdimensionar os atributos do veículo, mas sua força e capacidade de subida não podem ser desprezadas.
Parado, o ônibus pode ficar numa subida de 28 por cento. Já em movimento, a partir de 02 quilômetros por hora, o ônibus pode enfrentar uma subida de 43 por cento.
Para se ter uma idéia, a subida da Avenida Brigadeiro Luis Antônio, no Centro de São Paulo, é de 12 por cento. No chamado "Três Tombos", uma área íngreme da zona Sul de São Paulo, onde muitos motoristas enfrentam dificuldades para ficar parados e depois retomarem a aceleração, inclusive de carros de passeio, a inclinação é de 20 por cento.
Tudo isso se deve ao alto torque em baixa rotação e à redução ao eixo traseiro.
Outro ponto que é considerado diferencial positivo para o valente da Mercedes Benz é a Válvula ALB, que é sensível à carga.
Ou seja, a força da frenagem a ar é calculada pela válvula de acordo com o peso do ônibus que pode variar quando ele está lotado ou não. Isso pode evitar que veículos sem a capacidade total arrastem de traseira caso haja a necessidade de uma freada brusca.

SUBINDO NA VIDA:
Para enfrentar o tráfego em regiões difíceis, o OF 1519 R teve as dimensões alteradas em relação ao modelo para trânsito menos severo.
A suspensão foi elevada em 120 milímetros. O quadro do chassi foi elevado também, aumentando a distância em relação ao solo de componentes como cárter, radiador e intercooler.

O balanço dianteiro e o balanço traseiro são menores para enfrentar subidas, descidas e terrenos irregulares.
Clique na imagem para ampliarA distância entre a frente do ônibus e o primeiro eixo é de 1 mil 325 milímetros (balanço dianteiro) e entre o último eixo e o pára-choque traseiro (balanço traseiro) é de 2 mil 260 milímetros.
Já os ângulos de entrada e saída são maiores, o que auxilia nas vias acidentadas, íngremes.
O de entrada é de 28 graus contra 13 graus do veículo convencional e do de saída é de 19,5 graus contra 11 graus do ônibus de aplicações urbana ou de fretamento.
Para facilitar a manobra em vias estreitas ou em pouco espaço, garantindo a estabilidade e a segurança do veículo, características necessárias para aplicações rurais e em áreas de difícil acesso, o raio de viragem é menor: 8 mil 800 milímetros contra 10 mil 700 milímetros de veículos de aplicações convencionais.
O bloqueio de diferencial do eixo traseiro permite que o veículo tenha tração independente em trechos alagados ou em atoleiros.
Há percursos que os ônibus têm de enfrentar pequenas correntezas.
O OF 1519 R tem duas versões de acordo com as especificações do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação.
Para o ORE 2 (Ônibus Rural Escolar), a Mercedes configurou o veículo na especificação OF 1519R/48, com 4 mil 850 milímetros de entre-eixos, comprimento total de 9 metros e capacidade para 48 passageiros. Para o ORE 3 (Ônibus Rural escolar), o OF 1519R/60, o entre-eixos é de 6 mil 050 milímetros, o comprimento é de 11 metros e a capacidade de 59 alunos, no padrão de dimensões de banco do Caminho da Escola.

Além das características para atender às exigências do Governo Federal, ao Mercedes diz apresentar outros 12 itens no OF 1519 R:
- Barra estabilizadora dianteira e traseira
- Baixos Valores de Emissão de Poluição com a tecnologia BlueTec5, a denominação da empresa para as soluções que seguem as normas obrigatórias de redução de emissão de poluição do Proconve P 5 baseadas na Euro V
- Duas novas versões de entre-eixos
- Filtro de ar com elemento de segurança, importante para os terrenos alagados e com poeira
- Chave com imobilizador
- Suspensão dianteira e traseira elevada em 120 milímetros
- Posto do Motorista com melhor ergonomia
- Indicação de consumo de combustível no painel
- Central de Válvulas com Secador (APU)
- Válvula ALB sensível à carga e que controla a frenagem de acordo com o peso
- Alarme Sonoro de Marcha a ré
- Eixo traseiro reforçado, do OF 1730, usado para exportação.
Além destes atributos, o gerente da Mercedes Benz, Curt Axthelm, garante que outro atrativo é o pós-venda da empresa e o número de concessionárias da marca, algo cada vez mais buscado pelo frotista público, privado e pelo dono autônomo de ônibus.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
FOTO 1: O ônibus 1519R foi apresentado pela Mercedes Benz e é a aposta da marca num mercado que crece cada vez mais: o de ônibus escolares, pelo Programa Caminho da Escola, aptos para áreas rurais, e também para outras aplicações em condições severas, como até em mineradoras. Foto: Adamo Bazani;
FOTO 2: Robustez, força e condições de enfrentar qualquer tipo de terreno são características do OF 1519R que não deixa de lado conforto, com itens como barras estabilizadoras, mais ergonomia para o motorista, e respeito ao meio ambiente, ao seguir as normas de redução de emissão de poluentes Euro V – Foto: Adamo Bazani.
FOTO 3: Para enfrentar áreas de difícil acesso e proteger componentes como cárter, radiador e intercooler, suspensão foi elevada em 120 milímetros. Foto: Adamo Bazani
FOTO 4: A válvula ALB é um dos itens que a Mercedes Benz coloca além do que é exigido pela legislação federal de transporte escolar em áreas rurais. É considerado essencial para segurança já que o equipamento "calcula a força da frenagem" de acordo com o peso do ônibus, evitando, por exemplo, que ele arraste de traseira numa freada brusca. Foto: Adamo Bazani
FOTO 5: Pneus são diagonais e não radiais. Os "ombros" são mais reforçados o que evita que os pneus possam furar facilmente em vias desniveladas e com obstáculos, como pedras e restos de madeira, que é a realidade de muitas estradas rurais brasileiras. Foto: Adamo Bazani

segunda-feira, 26 de março de 2012

TESTE AGRALE MARRUÁ EURO V

Teste: Agrale Marruá AM100 deixa pedaços de mau caminho

 Fotos: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias

Teste: Agrale Marruá AM100 deixa pedaços de mau caminho
Linha Marruá ganha novo motor que polui menos, fica mais potente e mantém a disposição off-road

por Eduardo Rocha
Auto Press


O Marruá nasceu para ser, literalmente, uma arma de guerra. Tanto que a Agrale entrega para o Exército Brasileiro cerca de 60% da produção do utilitário, que gira em torno de 100 unidades por mês. Os 40% que sobram são divididos entre outros exércitos – de países como Argentina, Peru e Colômbia, por exemplo – e empresas que precisam trafegar em lugares ermos e de difícil acesso. Seja para uma concessionária de energia alcançar uma linha de transmissão no meio do mato, seja para uma mineradora enterrar o veículo nos túneis de alguma mina. As vendas ao consumidor final até existem, mas são irrisórias. Em todo o ano de 2011 foram apenas 36 unidades emplacadas. Por esse perfil absolutamente pragmático e indiferente ao mercado geral, o modelo lançado em 2003 não teria mudanças, a não ser que fosse obrigado. Foi o que aconteceu com a entrada em vigor da fase P7 de emissões do Proconve, em janeiro deste ano.

Para responder aos novos padrões de emissões, a Agrale simplesmente trocou a motorização do Marruá. Passou a adotar um propulsor Cummins ISF 2.8 Euro V, norma que serviu de referência para a P7. Mas como as normas do Proconve não são exigidas para veículos militares e em outros países, o Marruá mantém para estes casos a motorização anterior, de custo mais baixo. Trata-se do propulsor diesel MWM Sprint turbo Euro III de 2.8 litros, que gera 140 cv de potência a 3.500 rpm e 36,7 kgfm de torque entre 1.800 e 2 mil giros. Já o novo motor Cummins ISF 2.8 Euro V, que atende ao Proconve P7, é bem mais moderno e eficiente. Ele tem 150 cv de potência – 10 cv a mais –, que aparecem em um regime mais baixo, a 3.200 giros. O torque ficou nos mesmos 36,7 kgfm, mas agora se mantém em uma faixa maior de utilização, entre 1.800 e 2.700 rpm. Sem abrir o capô, a única forma de identificar um Marruá dessa nova fase é examinando o painel de instrumentos, que ganhou um novo desenho e até computador de bordo.



Um computador de bordo não chega a ser um luxo esperado em um Marruá. E, na verdade, foi um efeito colateral benígno do fato de o novo propulsor utilizar vários controles eletrônicos. Para alcançar os níveis de emissões exigidos ele adota o sistema SCR – sigla em inglês para redução catalítica seletiva – que injeta Arla 32 no escape do motor. Este processo é considerado mais seguro, uma vez que é capaz de suportar até um diesel de pior qualidade, com maior teor de enxofre que o indicado, S50.

Na verdade, tudo no Marruá é pensado para “aguentar o tranco”. E nem havia mesmo outro jeito para ser homologado pelo Exército Brasileiro, onde é considerado um veículo para movimentação de tropas. Ele sequer precisa precisa mais enfrentar licitações – tem uma espécie de pré-aprovação. É por conta disso que as chapas da carroceria, por exemplo, têm 1,2 mm de espessura – em carros de passeio, usa-se medidas em torno de 0,7 mm. A capacidade “off-road” também impressiona. A começar pela altura livre do solo, que é de 23 cm na linha do diferencial e 35 cm na altura dos eixos. O ângulo de ataque é de espantosos 61º e a rampa máxima é de 60%. E o utilitário suporta inclinação lateral de até 30º – nos testes práticos, já chegou a 42º. Sem snorkel, o Marruá é capaz de atravessar uma lâmina d’água de 60 cm de profundidade.



Esses números se aplicam às versões civis do Marruá – AM100, AM150, AM200 e AM300. As três usam a mesma motorização e podem ter cabine simples ou dupla, com ou sem caçamba. As diferenças entre as versões são estruturais. O entre-eixos é de 3,10 m no AM100, 3,35 m nos AM150 e AM200 e 3,70 m para o AM300. Já a capacidade de carga é de 3.500 kg para os AM 100 e AM150, 4.300 kg no AM200 e 6 mil kg no AM300.

Todos têm transmissão 4X2 com roda livre e sistema 4X4 sem reduzida. Os preços desse autêntico “pé-de-boi”, que não traz de série nem ar-condicionado, começam em torno de R$ 130 mil. E ainda assim, para comprá-lo é preciso ir até um concessionário e fazer a encomenda, pois não há unidades para pronta-entrega. Essa é a maior prova da falta de intenção da Agrale em colocar o Marruá para brigar no mercado de varejo.



Primeiras impressões

Lógica implacável
Caxias do Sul/RS – O Agrale Marruá não é para frouxos. Nem para quem busca bons-tratos e delicadezas. Isso fica explícito em cada detalhe do utilitário. A forração das portas e do teto são em chapas plásticas rígidas moldadas, como aqueles que se usam nas costas dos encostos de ônibus e o piso é coberto por uma manta de borracha vulcanizada. Depois de uma sessão “off-road”, pode-se tranquilamente dar uma mangueirada no carro, sem medo de estragar alguma coisa – tem até ralos para escoar a água. O quadro de instrumentos é completo, com conta-giros, computador de bordo e muitas luzes-espia. O desenho do painel segue uma impecável lógica de praticidade, sem preocupações com design.

Em meio a todo estoicismo do Marruá, encontra-se algum conforto nos bancos, firmes na medida correta, e no grande espaço interno, inclusive na ótima altura livre do habitáculo. Na versão testada – AM100 cabine dupla com caçamba para cinco passageiros – há um vão entre os dois assentos dianteiros de cerca de meio metro, ocupado por um assento extra na versão para seis pessoas. Mas a mesma filosofia pragmática volta a ser aplicada ao exterior do veículo. Para-lamas, portas, caçamba e vidros são retos, sem detalhes. As dobradiças das portas são externas, sem firulas nem acabamentos esmerados. O capo ainda apresenta dois grandes vincos, que só têm mesmo a função de ganhar altura na área do motor. A função da carroceria é reduzida ao básico. Ou seja: cobrir e proteger os ocupantes, as entranhas do veículo e nada mais.



Em movimento, o Marruá continua na sua aparente falta de poesia. Não há maiores preocupações em filtrar as irregularidades do solo. Menos ainda de bloquear a entrada de ruídos. Ele também não se mostra muito afeito a encarar mais ousadamente as curvas. A direção hidráulica só alivia mesmo o peso em baixas velocidades, para manter a boa manobrabilidade. Já a pega do volante é agradável, mas o câmbio é um clássico queixo-duro, com engates bem secos. Nada que instigue uma condução mais esportiva. Por outro lado, consegue manter um bom ritmo de viagem, mesmo que a estrada seja sofrível. Nesse quesito, em relação à diversão, quanto pior melhor.

Depois de alguns quilômetros de estrada de terra, o AM100 chegou à trilha usada como campo de provas, nos arredores de Caxias do Sul. É um trecho com pedras, buracos, valões, rio e barrancos. E é aí que no Marruá se sente em casa. Antes de encarar o trecho mais pesado, é preciso descer do jipe e engatar a roda-livre – uma trava engata o cubo das rodas dianteiras ao eixo de tração. Depois disso, é preciso acionar a alavanca que acopla o 4X4.



O Marruá não tem reduzida. A primeira marcha, que tem uma relação de velocidade/rotação curtíssima, de aproximadamente 7 km/h/1000 giros, funciona como marcha-trator. Numa descida acentuada, o freio-motor mantém a velocidade baixa, sem que seja preciso utilizar o freio. Esta marcha-trator credencia também o utilitário a encarar rampas bem íngremes e subir barrancos – no que se vale também do excelente ângulo de ataque, de 61º.

A grande altura livre para o solo simplifica a transposição de obstáculos, como pedras e pequenos troncos. As travessias de lâminas d’água também são bem facilitadas. Todas as características do Marruá atendem à lógica de buscar o máximo de desempenho em situações fora-de-estrada, com simplicidade e robustez. Essa grande capacidade “off-road” do utilitário da Agrale tornaria bastante perdoável a falta de conforto e requinte. Não fosse, claro, o preço salgado. Para isso, o mercado não tem perdão.



Ficha técnica

Agrale Marruá AM100 CD

Motor: Diesel, dianteiro, longitudinal, 2.800 cm³, com quatro cilindros em linha, turbo com intercooler, duas válvulas por cilindro. Injeção direta de combustível do tipo common-rail.
Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração 4X2 com roda livre e 4X4 acionada por alavanca.
Potência máxima: 150 cv a 3.200 rpm.
Aceleração 0-100 km/h: n/d.
Velocidade máxima: 128 km/h.
Torque máximo: 36,7 kgfm a entre 1.800 e 2.700 rpm.
Diâmetro e curso: 94 mm X 100 mm. Taxa de compressão: 17,5:1.
Suspensão: Dianteira com barras longitudinais e transversais com barra Panhard. Traseira por eixo rígido com molas helicoidais. Não oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 235/85 R16.
Freios: Discos sólidos na frente e tambores atrás. Não oferece ABS como opcional.
Carroceria: Picape cabine dupla sobre longarinas com quatro portas e cinco lugares. Com 4,72 metros de comprimento, 2,18 m de largura, 2,01 m de altura e 3,10 m de distância entre-eixos. Não oferece airbags frontais como opcional.
Peso: 2.500 kg com 1.000 kg de carga útil.
Tanque de combustível: 72 litros.
Capacidade off-road: Ângulo de ataque 61°, ângulo de saída 31º, capacidade de subida de rampa de 60% e altura livre do solo de 23 cm.
Produção: Caxias do Sul, Brasil.
Lançamento no Brasil: 2003.
Itens de série: Ar quente, protetor de carter, protetores de lanternas.
Preço: R$ 130 mil.
Opcionais: Ar-condicionado, grade de proteção da janela traseira, vidros e travas elétricas, alarme e guincho elétrico.

Veja mais: Caminhões Agrale levam prêmio de design
Veja também: Marruá é destaque no Chile




domingo, 25 de março de 2012

DIESEL S-50 AINDA COM POUCA DEMANDA

Vendas fracas do óleo diesel menos poluente 
Não sabemos se por falta de informação e orientação, a demanda de óleo diesel S-50, com menor teor de enxofre em sua composição (no caso, 50 partes por milhão), ainda é tímida, pelo produto, principalmente entre veículos pesados, e isso preocupa o setor.
Entre as razões elencadas para a baixa procura pelo novo diesel, a mais citada é o prazo dado aos fabricantes de veículos pesados para entregar, até março, os veículos fabricados em 2011, cujos motores podem funcionar com qualquer dos três tipos de óleo diesel a disposição no país. Como o diesel S50 é o tipo mais caro - custa, em média, R$ 0,10 a mais do que os tipos S500 e S1800 - ainda não consegue estimular a adesão dos consumidores, mesmo sendo menos poluente.

O S50 só é obrigatório para motores pesados fabricados a partir deste ano. A nova frota menos poluente, estimada em quase 170 mil novos veículos pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), só deve começar a rodar no segundo trimestre do ano. Os fabricantes têm até 30 de março para faturarem os veiculos EURO III fabricados até dezembro de 2011, mas os revendedores de caminhões e ônibus poderão faturá-los após essa data.

Talvez por falta de orientação o consumidor não está optando por este novo diesel. Muita gente não sabe que o diesel S-50 além de menos poluente, proporciona mais economia de combustível, maior vida útil do óleo lubrificante e filtros, e, por conseguinte, também do motor.
PARA NOSSOS LEITORES DEIXAMOS UMA DICA: O DIESEL S-50 VALE A PENA, POIS MESMO COM O PREÇO/LITRO UM POUCO MAIS ALTO, O BAIXO CONSUMO  COMPENSA E MUITO!!

sexta-feira, 23 de março de 2012

VOLARE EURO V CHEGA AO MERCADO

Miniônibus Volare com motor Euro V chega à rede de concessionárias no País
Por: Redação

Ônibus com motor Euro V atendem à norma de redução de emissão de poluentes. Foto: Júlio Soares/Divulgação
Ônibus com motor Euro V atendem à norma de redução de emissão de poluentes. Foto: Júlio Soares/Divulgação
Veículos atendem à norma de redução de poluentes

A Volare, líder brasileira na produção de miniônibus, apresentou, em São Paulo, a sua linha 2012 de miniônibus, com motorização que atende à norma brasileira de emissões de gases (PROCONVE P7 – Euro V). Os veículos, que começam a chegar à rede de concessionárias e representantes da marca em todo o Brasil, ganharam nova grade dianteira, com desenho honeycomb (semelhante à estrutura de uma colmeia).
Conforme Milton Susin, diretor-executivo da Volare, os novos veículos W9, DW9, W8, V8, V6 e V5 foram desenvolvidos para reduzir sensivelmente a emissão de material particulado (fumaça preta) e o consumo de combustível. “Além de mais econômicos e menos poluentes, também ganharam mais potência e torque, devido aos novos motores Cummins e MWM International, e proporcionam facilidade de manutenção em razão do diagnóstico on board”, explica Susin.
“As primeiras unidades começaram a ser fabricadas no mês passado e já estão disponíveis nas concessionárias e pontos de venda espalhados pelo Brasil. Pelo nosso planejamento ainda este mês toda a rede estará abastecida com os novos modelos Euro V”, complementa Milton Susin.
Volare W9 Limousine
O principal modelo da marca e também o mais sofisticado é o Volare W9 Limousine. Destinado ao segmento de Fretamento e Turismo, o veículo foi projetado para oferecer elevado padrão de conforto, requinte, segurança e espaço interno. É equipado com motor MWM MAXXFORCE 4.8, com potência de 165 cv, torque de 600 Nm entre 1.200 e 1.600 rpm e utiliza a tecnologia SCR, que reduz as emissões de NOx para níveis muito baixos, próximos a zero, e ajuda a proporcionar economia de combustível.
“Depois de meses de estudos e testes, nosso departamento de engenharia optou por utilizar em todos os veículos o sistema SCR (Selective Catalitic Reduction) com a injeção em catalisador do ARLA 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo)”, afirma Susin.
Requinte e inovação
O Volare W9 Limousine é equipado com monitores individuais em cada poltrona, que podem ser programados para reproduzir filmes, músicas, GPS, imagens e jogos, entre outros recursos proporcionados pela internet sem fio (wireless). O modelo conta com poltronas tipo Executiva Soft semileitos, mais largas (com 1.060 mm), revestidas de couro preto com costura dupla aparente na cor laranja e apoio para a cabeça em espuma viscoelástica. Esse material foi desenvolvido para se adaptar à estrutura e à altura do passageiro, acomodando-o ao banco com o máximo conforto.
Outra novidade das poltronas é que possuem porta-copos, descansa-pés integrados e cinto de segurança retrátil. O porta-pacotes ganhou novos desenho e sistema de fixação que permitiram ampliar a capacidade de bagagem para 90 l/m, contra 75 l/m do modelo anterior, além de facilitar a colocação e a retirada de volumes.
Milton Susin ressalta, ainda, que o W9 Limousine foi desenvolvido com maior utilização de componentes em plásticos de engenharia 100% recicláveis, que absorvem o impacto e colaboram para a preservação ambiental. O veículo também possui avançado sistema de câmeras para o salão de passageiros, porta de entrada, cabine do motorista e a rua e transfere as imagens para os monitores.
Alguns detalhes de acabamento interno são de material que imita a madeira, especialmente no piso e no painel de instrumentos e a iluminação é indireta, feita por LEDs em toda a extensão do salão de passageiros. O W9 Limousine também é equipado com um novo sistema de ar-condicionado “dutado”, que melhora o direcionamento do fluxo de ar e possui saídas individuais localizadas no porta-focos. Conta ainda com alto-falante integrado, plug de fone de ouvido com três canais e controle de volume.
Externamente, o Volare W9 recebeu LEDs para os conjuntos óticos - indicadores de direção dianteiros e traseiros e lanterna traseira. Também conta com LEDs nas luzes traseiras de posição, freio, delimitadoras e “brake-light”. Susin enfatiza que a tecnologia do LED representa um avanço para o segmento brasileiro de ônibus e garante maior segurança, por permitir visibilidade a grande distância.
Linha completa de miniônibus
A nova linha 2012 de miniônibus Volare é formada por seis modelos – W9, DW9, W8, V8, V6 e V5 – com diferentes configurações, para aplicação em fretamento e turismo receptivo, urbano, escolar, além de unidades especiais para saúde, delegacia móvel e transporte de detentos. Os veículos foram desenvolvidos com o objetivo de aperfeiçoar o uso do espaço interno e teve como ponto de partida a melhor ergonomia e a segurança para os passageiros e motorista.
Um dos diferenciais dos modelos W9, DW9 e W8 é a parede de separação da cabine do motorista e o salão de passageiros. Produzida em plástico de engenharia reciclável, a parede é mais leve, permite maior visibilidade e conta com uma funcional porta deslizante no lugar da tradicional porta com dobradiça. Mais fácil e prática, a porta deslizante não interfere na área de circulação e possibilita a configuração com duas poltronas a mais.
No porta-malas, os veículos apresentam um novo conceito de revestimento em plástico, em substituição ao anterior, de alumínio. A mudança proporciona redução de peso, maior resistência e proteção às bagagens, além de o plástico funcionar como isolante termoacústico, com redução do nível de ruído no salão de passageiros.

COMO LIDAR COM O EURO V


Saiba como lidar com os caminhões e ônibus equipados com motores Euro 5








Por Leandro Tavares,
da redação do portal
Há algum tempo só se fala em Euro 5 no setor de veículos comerciais. Proposto em 2008 na Europa, o padrão entrou em vigor no ano seguinte no Velho Continente. Agora, em 2012, chegou o momento do Brasil aderir à nova política de redução nas emissões. Desde o início do ano, as empresas aqui instaladas produzem apenas caminhões que atendem às normas do Proconve P7, e março é o último mês de vendas dos caminhões padrão Euro 3 no país.
Apesar do fato de estar sempre em pauta, ainda são muitas as dúvidas sobre o Euro 5, os diferentes sistemas adotados para a redução nas emissões (EGR e SCR), o funcionamento das fase do Proconve e o Arla 32. O portal Brasil Caminhoneiro conversou com alguns especialistas no assunto e preparou este resumo para tentar sanar as maiores dúvidas dos transportadores e caminhoneiros.
Fases do Proconve
Criado em 1986 pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente, o Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) surgiu para orientar as empresas do setor automobilístico e as fabricantes de combustíveis a focar esforços na criação de tecnologias que reduzissem as emissões poluentes.
A última fase adotada no Brasil, a P5 (que no caso de veículos movidos a diesel utilizava a tecnologia Euro 3 para reduzir as emissões), esteve em vigor de 2006 a 2008. Agora, para acompanhar o padrão de emissão na Europa, fabricantes e governo decidiram pular a norma Euro 4 e partir direto para a Euro 5.

Linha de comerciais Euro 5 da Iveco
Euro 5?
A Europa possui uma política própria de redução nas emissões, a European emission Standards. Como a maioria das companhias que fabricam veículos comerciais no Brasil é de origem europeia, o padrão deles é importado para o país e adotado nas linhas de montagem brasileiras.
O nível de emissão tolerado pelo Euro 5 (P7 no Brasil) pode ser alcançado com dois sistemas diferentes de pós-tratamento de gases: o EGR (Exhaust Gas Recirculation, ou Recirculação de Gases do Escapamento) e o SCR (Selective Catalyst Reduction, ou Catalizador de Redução Seletiva). Cada empresa teve liberdade para escolher qual tecnologia e em quais veículos da linha irá utilizar esta. “A MAN Latin America utilizará individualmente as duas tecnologias, EGR e SCR”, afirma Ricardo Alouche, diretor de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da MAN.
Apesar das diferenças, ambos cumprem bem o propósito de não poluir tanto o ar que respiramos, tanto que eles serão usados em conjunto na próxima fase do Proconve, o P8 (Euro 6), que entra em vigor em 2016 (na Europa, ele já passa a valer em 2013).
Para que ambos os sistemas possam funcionar com perfeição, é preciso que o veículo seja abastecido com o diesel S-50 ou S-10, este último ainda não é comercializado no Brasil. “Quando o motorista usa um diesel que não seja o recomendado, além do não cumprimento às normas de emissões da legislação, ele pode danificar o sistema”, explica Victor Carvalho, gerente executivo de Vendas de Caminhões da Scania no Brasil. A marca sueca optou pelo SCR nos veículos da nova linha.
Gilberto Leal, Gerente de Desenvolvimento de Motores da Mercedes-Benz do Brasil, lembra que, no Euro 5, a redução de emissões começa já no desempenho do motor. “Nós abaixamos o material particulado já dentro do motor aumentando a pressão de injeção e a pressão de combustão, fazendo uma queima melhor, uma melhor dispersão de diesel dentro da câmara de combustão”. A Mercedes também usará o sistema SCR.

Gilberto Leal explica o funcionamento do novo motor BlueTec 5
OBD, o dedo-duro de quem não anda na linha
Ambos os sistemas são monitorados pelo OBD (On-board Diagnosis), um sistema de autodiagnose que monitora constantemente o gás produzido da combustão do motor. Integrado ao computador de bordo, ele faz a verificação do gás e diz se a taxa de poluentes está dentro do permitido.
Se houver algo de errado, como a falta do Arla 32 em motores SCR, o OBD acusa e emite sinais para que o motorista regularize tudo. Com este sistema, transportadoras e órgãos fiscalizadores podem acompanhar se os motoristas estão rodando dentro dos padrões exigidos pelo P7.
De acordo com Alvaro Mariotto, responsável pelo Marketing do Produto da MAN Latin America, essas informações “ficam guardadas por cerca de 400 dias”. Desta maneira, qualquer uso prolongado do veículo sem o Arla 32 ou poluindo acima do permitido será armazenado e pode ser avaliado futuramente, eventualmente resultando até mesmo em multas no futuro.
E quais as diferenças entre o EGR e o SCR?
O EGR possui um sistema de recirculação do gás produzido no processo de combustão do motor. Graças ao OBD, é feita uma leitura da emissão. Se esta estiver dentro ou abaixo do padrão permitido, ela é liberada no ambiente. Se estiverem acima, os gases voltam ao motor para sofrerem nova queima. Mariotto destaca que mesmo com o funcionamento estendido para reduzir as emissões, este sistema não gera maior desgaste do motor.

Gráfico mostra como é o funcionamento do sistema EGR
Por sua vez, o SCR necessita do componente Arla 32 para reduzir os poluentes. A uréia, composto base do Arla, reage com os gases no catalisador, reduzindo a emissão que se transforma em gás nitrogênio e água.

Gráfico mostra como é a ligação do tanque de Arla com o catalisador
Arla 32
O Agente Redutor Líquido Automotivo (Arla 32) precisa de um tanque próprio, separado do tanque de diesel. Nos caminhões com o sistema SCR, que faz uso do componente, o OBD trabalha em conjunto com uma bomba para saber qual a quantidade da substância que precisa ser jogada junto com os gases do motor para o catalisador. “Essa tecnologia permite a redução de aproximadamente 80% de Material Particulado e 60% de Óxido de Nitrogênio (NOx)”, afirma Victor Carvalho.
O consumo de Arla a cada litro de diesel é de cerca de 5% (dependendo da marca e do modelo este número pode cair para 4% ou subir para 7%). Assim como o tanque de combustível, a sustância também possui indicador de nível no painel. Caso o Arla acabe, o OBD dá um sinal no painel de que é necessário reabastecer. O veículo roda por mais 48 horas com o tanque de Arla vazio. Assim que este tempo acabar ou o caminhão for desligado e ligado novamente, o motor perde potência. “Caso o veículo não seja reabastecido com o Arla 32, haverá a redução automática do torque em 25% (veículos de PBT menor ou igual a 16 toneladas) ou 40% (veículos de PBT maior que 16 toneladas)”, afirma Gilberto Leal, da Mercedes-Benz. Ou seja, o aviso é quase um ultimato para que seja feito o abastecimento do tanque de Arla.

A bomba de Arla regula a injeção do componente no catalisador
Um aviso aos caminhoneiros: o OBD também identifica substâncias estranhas no tanque de Arla. Se, por acaso, água for misturada ao componente, o mesmo ciclo de 48 horas se inicia, mas desta vez não basta completar o tanque. É preciso tirar o Arla contaminado e substituir por uma porção pura.
Fornecimento de diesel S-50 e Arla 32
A Petrobras garante a distribuição do diesel S-50 em todo o Brasil. De acordo com a empresa, no território nacional há pelo menos um posto a cada 100 km com o combustível na bomba. Já o Arla é garantido pelas diversas fabricantes da substância, que pode ser encontrada em posto, nas concessionárias das fabricantes de caminhões e transportadoras do país.
Fotos: Divulgação/ Mercedes-Benz

Região Nordeste tem mais postos com diesel S-50

S-50 no nordeste
Ao contrário do que se estimava, de as regiões Sul e Sudeste concentrarem primeiro um grande número de postos com S-50, por terem a maior frota de veículos comerciais e a maior malha rodoviária, tudo indica que esse feito é do Nordeste. Segundo a Agência CNT o Nordeste é a região com maior número de postos adaptados à oferta do diesel S-50. Ceará e Pernambuco são os estados com o maior número de revendas varejistas adaptadas.
Os estados figuram em primeiro lugar porque, desde 1º de maio de 2009, o S-50 é comercializado como único tipo de óleo diesel rodoviário nas regiões metropolitanas de Fortaleza, Recife e Belém (na região Norte). Agora, para garantir o abastecimento do combustível em todo o território nacional, a ANP selecionou 3 100 postos que se juntarão aos outros 1 100 estabelecimentos que já vendem o produto nessas três capitais. Em relação ao restante da lista, o Sudeste está na segunda posição, com cerca de 840 postos.

DIESEL S-50 NOS POSTOS DA REDE SHELL

Lista de Postos com Shell Evolux Diesel S-50
BA ALAGOINHAS ROD BR 101 S/N KM 103,560, ALAGOINHAS, BA 48005-135 BR GRANJA CARNEIRO LUBRIJAU DERIV DE PETRO LTDA
BA ANTONIO CARDOSO ROD BR 116 KM 456 ,SN, ANTONIO CARDOSO, BA 44180-000 BR SEDE SOBRAL & FILHOS COM.DE COMBUST.LTDA
BA BRUMADO RDV . BR 262 KM 5, S/N, BRUMADO, BA 46100-000 BR RODOVIA LSL COM DE DERIV PETRO LTDA
BA BUERAREMA RODOVIA BR 101 KM 526 ,SN, BUERAREMA, BA 45615-000 BR BR 101 SERRA DO JEQUITIBA DIST. PETR. LTDA
BA CANDEIAS ROD BR 324 KM 35 ,SN, CANDEIAS, BA 43813-400 BR VILA ROSARIO MEGA DERIVADOS DE PETROLEO LTDA
BA CAPIM GROSSO RODOVIA BR 407 KM 226 SN TERREO, CAPIM GROSSO, BA 44695-000 BR RODOVIA AUTO POSTO J RIBEIRO LTDA
BA CONCEICAO DO JACUIPE RDV BR 101, S/N KM 161, CONCEICAO DO JACUIPE, BA 44245-000 BR HUMILDES LUBRIJAU DERIV DE PETRO LTDA
BA CONCEICAO DO JACUIPE ROD BR 101 KM 165, S/N, CONCEICAO DO JACUIPE, BA 44245-000 BR RODOVIA LSL COM DE DERIV DE PETRO LTDA
BA CONCEICAO DO JACUIPE ROD BR-101, KM 171, CONCEICAO DO JACUIPE, BA 44245-000 BR SEDE FLECHA SA TURISMO COM E IND
BA DIAS D'AVILA ROD BA 093 KM 26, S/N, DIAS D'AVILA, BA 42850-000 BR DIAS DAVILA POSTO SANTA ISABEL
BA FEIRA DE SANTANA AV EDUARDO FROES DA MOTA ,5700, FEIRA DE SANTANA, BA 44053-005 BR CIDADE NOVA J A SOBRAL & CIA LTDA
BA FEIRA DE SANTANA RDV BR 101 KM 173 ,SN, FEIRA DE SANTANA, BA 44135-000 BR HUMILDES JMF COMERCIO DE COMBUSTIVEIS LTDA
BA FEIRA DE SANTANA RDV BR 324, KM 99, S/N, FEIRA DE SANTANA, BA 44135-000 BR HUMILDES MEGA DERIV DE PETROLEO LTDA
BA FEIRA DE SANTANA RDV BR 324 KM 11 ,SN, FEIRA DE SANTANA, BA 44040-000 BR HUMILDES LUBRIJAU DERIV DE PETROLEO LTDA
BA FEIRA DE SANTANA ROD BR 116 KM 424, SN, FEIRA DE SANTANA, BA 44036-331 BR NOVO HORIZONTE LSL COM DE DER DE PETROLEO LTDA
BA FEIRA DE SANTANA RDV BR 116, KM 18, S/N, FEIRA DE SANTANA, BA 44140-000 BR TIQUARUCU MEGA DERIV DE PETRO LTDA
BA GANDU RDV BR 101 KM 865, S/N, GANDU, BA 45450-000 BR FLECHA SA TURISMO COM E IND
BA ITABERABA BR 242, KM 88 SN SEDE, ITABERABA, BA 46880-000 BR ITABERABA COM DE COMB LTDA
BA ITABUNA ROD BR-101 KM 508, S/N, ITABUNA, BA 45602-748 BR LOMANTO JUNIOR FLECHA SA TURISMO COM E IND
BA ITABUNA RDV BR 101 KM 503,5 ,SN, ITABUNA, BA 45601-560 BR ODILON LOPES LEMOS COM.DE COMBUSTIVEIS LTD
BA ITAGIMIRIM ROD BR 101, SN KM 556, ITAGIMIRIM, BA 45850-000 BR SEDE FLECHA SA TURISMO COM E IND
BA ITAMARAJU RODOVIA BR 101, SN, ITAMARAJU, BA 45836-000 BR KM 814 AUTO POSTO GS SOUTO LTDA
BA ITATIM ROD BR 116 KM 530 + 400 METROS ,SN, ITATIM, BA 46875-000 BR SEDE POSTO PARQUE DOS COQUEIROS LTDA
BA JAGUAQUARA AV PRESIDENTE MEDICI ,2150,C, JAGUAQUARA, BA 45345-000 BR ENTRONCAMENTO M E D COM.E COMB.E LUB.LTDA
BA JAGUAQUARA ROD BR 116 KM 648 + 13 MTS, SN, JAGUAQUARA, BA 45345-000 BR RODOVIA LSL COM DE DERIV DE PETRO LTDA
BA JEQUIE AV GOVERNADOR AURELIO VIAN, SN A, JEQUIE, BA 45202-130 BR KENNEDY POSTO STA RITA DER DE PETR LTDA
BA LUIS EDUARDO MAGALHÃ ROD BR 020, SN KM 523, LUIS EDUARDO MAGALHÃ, BA 47850-000 BR SEDE POSTO IMPERADOR LTDA
BA MUCURI ROD. BR 101 KM 941,8 ,SN, MUCURI, BA 45995-000 BR ITABATAN MPM DERIVADOS DE PETROLEO LTDA

EURO V, TECONOLOGIAS SCR/EGR E DIESEL S-50

Quando entrou a norma PROCONVE P7 EURO V em janeiro de 2012, uma expectativa negativa tomou conta do mercado tendo em vista, talvez, a falta de informação e orientação por parte do próprio Governo, uma vez que, como sempre acontece em nosso país, deixa-se tudo para a última hora.
Neste mês de março já se pode ficar mais aliviado pois algumas marcas já divulgaram resultados de testes de veiculos com motores EURO V, e além disso, aumentou a quantidade de postos com o Diesel S-50, assim como o ARLA 32. Hoje já se pode comprovar o baixo consumo de diesel nos veiculos EURO V.

segunda-feira, 19 de março de 2012

CHEGARAM OS MINIÔNIBUS VOLARE COM MOTORIZAÇÃO EURO V

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MINIÔNIBUS VOLARE COM MOTORIZAÇÃO EURO V CHEGAM À
REDE DA MARCA EM TODO O BRASIL
Veículos têm nova grade dianteira, além de proporcionar maior preservação ambiental e menor consumo de combustível
Caxias do Sul(RS), 19 de março de 2012 - A Volare, líder brasileira na produção de miniônibus, apresentou, em São Paulo, a sua linha 2012 de miniônibus, com motorização que atende à norma brasileira de emissões de gases (PROCONVE P7 – Euro V). Os veículos, que começam a chegar à rede de concessionárias e representantes da marca em todo o Brasil, ganharam nova grade dianteira, com desenho honeycomb (semelhante à estrutura de uma colmeia).
Segundo Milton Susin, diretor-executivo da Volare, os novos veículos W9, DW9, W8, V8, V6 e V5 foram desenvolvidos para reduzir sensivelmente a emissão de material particulado (fumaça preta) e o consumo de combustível. “Além de mais econômicos e menos poluentes, também ganharam mais potência e torque, devido aos novos motores Cummins e MWM International, e proporcionam facilidade de manutenção em razão do diagnóstico on board”, explica Susin.
“As primeiras unidades começaram a ser fabricadas no mês passado e já estão disponíveis nas concessionárias e pontos de venda espalhados pelo Brasil. Pelo nosso planejamento ainda este mês toda a rede estará abastecida com os novos modelos Euro V”, complementa Milton Susin.
Volare W9 Limousine
O principal modelo da marca e também o mais sofisticado é o Volare W9 Limousine. Destinado ao segmento de Fretamento e Turismo, o veículo foi projetado para oferecer elevado padrão de conforto, requinte, segurança e espaço interno. É equipado com motor MWM MAXXFORCE 4.8, com potência de 165 cv, torque de 600 Nm entre 1.200 e 1.600 rpm e utiliza a tecnologia SCR, que reduz as emissões de NOx para níveis muito baixos, próximos a zero, e ajuda a proporcionar economia de combustível.
“Depois de meses de estudos e testes, nosso departamento de engenharia optou por utilizar em todos os veículos o sistema SCR (Selective Catalitic Reduction) com a injeção em catalisador do ARLA 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo)”, afirma Susin.
Requinte e inovação
O Volare W9 Limousine é equipado com monitores individuais em cada poltrona, que podem ser programados para reproduzir filmes, músicas, GPS, imagens e jogos, entre outros recursos proporcionados pela internet sem fio (wireless). O modelo conta com poltronas tipo Executiva Soft semileitos, mais largas (com 1.060 mm), revestidas de couro preto com costura dupla aparente na cor laranja e apoio para a cabeça em espuma viscoelástica. Esse material foi desenvolvido para se adaptar à estrutura e à altura do passageiro, acomodando-o ao banco com o máximo conforto.
Outra novidade das poltronas é que possuem porta-copos, descansa-pés integrados e cinto de segurança retrátil. O porta-pacotes ganhou novos desenho e sistema de fixação que permitiram ampliar a capacidade de bagagem para 90 l/m, contra 75 l/m do modelo anterior, além de facilitar a colocação e a retirada de volumes.
Milton Susin ressalta, ainda, que o W9 Limousine foi desenvolvido com maior utilização de componentes em plásticos de engenharia 100% recicláveis, que absorvem o impacto e colaboram para a preservação ambiental. O veículo também possui avançado sistema de câmeras para o salão de passageiros, porta de entrada, cabine do motorista e a rua e transfere as imagens para os monitores.
Alguns detalhes de acabamento interno são de material que imita a madeira, especialmente no piso e no painel de instrumentos e a iluminação é indireta, feita por LEDs em toda a extensão do salão de passageiros. O W9 Limousine também é equipado com um novo sistema de ar-condicionado “dutado”, que melhora o direcionamento do fluxo de ar e possui saídas individuais localizadas no porta-focos. Conta ainda com alto-falante integrado, plug de fone de ouvido com três canais e controle de volume.
Externamente, o Volare W9 recebeu LEDs para os conjuntos óticos - indicadores de direção dianteiros e traseiros e lanterna traseira. Também conta com LEDs nas luzes traseiras de posição, freio, delimitadoras e “brake-light”. Susin enfatiza que a tecnologia do LED representa um avanço para o segmento brasileiro de ônibus e garante maior segurança, por permitir visibilidade a grande distância.
Linha completa de miniônibus
A nova linha 2012 de miniônibus Volare é formada por seis modelos – W9, DW9, W8, V8, V6 e V5 – com diferentes configurações, para aplicação em fretamento e turismo receptivo, urbano, escolar, além de unidades especiais para saúde, delegacia móvel e transporte de detentos. Os veículos foram desenvolvidos com o objetivo de aperfeiçoar o uso do espaço interno e teve como ponto de partida a melhor ergonomia e a segurança para os passageiros e motorista.
Um dos diferenciais dos modelos W9, DW9 e W8 é a parede de separação da cabine do motorista e o salão de passageiros. Produzida em plástico de engenharia reciclável, a parede é mais leve, permite maior visibilidade e conta com uma funcional porta deslizante no lugar da tradicional porta com dobradiça. Mais fácil e prática, a porta deslizante não interfere na área de circulação e possibilita a configuração com duas poltronas a mais.
No porta-malas, os veículos apresentam um novo conceito de revestimento em plástico, em substituição ao anterior, de alumínio. A mudança proporciona redução de peso, maior resistência e proteção às bagagens, além de o plástico funcionar como isolante termoacústico, com redução do nível de ruído no salão de passageiros.
Crédito da foto: Júlio Soares
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